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Preço do boi gordo atinge maior valor em 7 meses

Cotação da arroba, medida pelo indicador Cepea/B3, chegou a R$ 219,65 nesta quinta-feira

Por Canal Rural 03/07/2020 18h06

Preço do boi gordo atinge maior valor em 7 meses

O preço do boi, medido pelo indicador Cepea/B3, chegou a R$ 219,65 por arroba nesta quinta-feira (2). Esta é a cotação mais alta desde dezembro de 2019, quando o patamar atingido foi próximo a R$ 224 por arroba. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), nas últimas duas semanas, a média do indicador ficou praticamente 10% acima da observada em 2020 até então.

Tendências de preços do boi

De acordo com a consultoria StoneX, a tendência é de que os preços dependam principalmente da evolução da demanda interna e da externa, sobretudo das importações da China. O analista de mercado Caio Toledo estima aumento da oferta de boiadas a partir de julho, de aproximadamente 10% na comparação mensal, e um avanço permanente da oferta com o passar dos meses durante o período da entressafra, em virtude da saída de animais confinados meses atrás.

Toledo projeta que para o curtíssimo prazo, na primeira quinzena de julho, como é típico do período, os preços devem se manter firmes, enquanto que na segunda quinzena, pode haver algum viés de baixa. Para o restante do ano, caso a demanda acompanhe o aumento da oferta citado pela empresa, é possível que as cotações se sustentem. Porém, caso não haja retomada da demanda interna ou exista uma perda de fôlego da demanda chinesa, os preços devem recuar.

A Scot Consultoria avalia que entre agosto e setembro, o Brasil observar um volume maior de gado de confinamento. Porém, é possível que as flexibilizações e a retomada econômica estejam mais estabelecidas de maneira que caso as exportações sigam em ritmo forte, o mercado possa se manter firme.

Exportação de carne bovina recorde

Em junho, as exportações de carne bovina brasileira bateram recorde para o mês, com cerca de 150 mil toneladas embarcadas. De acordo com estudo da consultoria Agrifatto, a China absorve 10% do que é produzido no Brasil atualmente.

Segundo estudo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), cerca de 20% da produção brasileira é exportada, enquanto que o restante é direcionado ao consumo doméstico. Já a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) estima que o total embarcado já ultrapassa os 20%, e com viés de alta em virtude do aumento do apetite chinês.

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