Violência, ameaça, misoginia: Episódio lamentável na câmara municipal de Campo Alegre reflete a política alagoana
![Violência, ameaça, misoginia: Episódio lamentável na câmara municipal de Campo Alegre reflete a política alagoana](http://img.jornaldealagoas.com.br/zJLHKmqrQkANL6HOk-6KJeinguM=/1110x650/smart/jornaldealagoas.nyc3.digitaloceanspaces.com/uploads/imagens/be27c9d8-ea86-4dd1-b5bc-742eeb037339.jpg)
A violência na câmara de vereadores de Campo Alegre, divulgada esta semana em primeira mão pelo Jornal de Alagoas, escancara de forma lamentável umas das principais faces da política de Alagoas: a do crime de honra e a da misoginia.
Na sessão ordinária da última quarta-feira (22), a câmara campo-alegrense, nada teve de alegre, mas tornou-se sim, um campo-minado.
Quem pisasse fora do lugar, podia se dar mal.
É que a vereadora Valdilene Simplício (PP) acusou o colega Vânio Souza (PTB) de vandalismo e aversão ao sexo feminino - misoginia. Segundo ela, em plena sessão, Vanio teria ameaçado a parlamentar verbalmente, bateu em seu birô a punhos fechados várias vezes e, apontando os dedos para a parlamentar, afirmou que ela "iria se lascar".
Pra que isso vereador? De que forma a colega vai se lascar? A ofensa, ameaça, quebra de decoro, se existiu, deve ser apurada com rigor.
A vereadora não contou história e fez o B.O de ocorrência. De acordo com a parlamentar, o vereador sempre sai impune de casos como esse, o que deixou uma curiosidade no ar, se o caso já teria acontecido com ela ou com outras mulheres e parlamentares. Mas sigamos.
Um áudio que circula nas redes sociais, atribuídos a Vânio Souza e posteriormente confirmado pelo JAL que era mesmo sua voz, dava conta de que o marido de Valdilene, conhecido como Gustavo Barão, teria invadindo a Câmara e, na frente de outros vereadores, pego o “adversário” de sua esposa pela beca, apontado uma arma para seu rosto e dito: “se você falar da minha mulher, você vai pra pistola”.
Tudo isso dentro da Casa do Povo. O vereador que viu o cano da pistola abriu B.O e recorreu à Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público e curiosamente ao deputado Antônio Albuquerque.
O caso ganhou não só a Justiça, como também as redes sociais e esperamos que o campo minado que se tornou a política de Campo Alegre não a acabe de um jeito triste.
#Ésobreisso