Pesquisador destaca cana RB0764 entre novas variedades alagoanas
Amostragem das novas variedades, que são melhoradas geneticamente, ocorreu na última quarta-feira (9), na Usina Coruripe
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Novas variedades (melhoradas geneticamente) RB (República do Brasil) de cana-de-açúcar foram apresentadas durante dia de campo na Usina Coruripe, no município de Coruripe, no interior de Alagoas, na última quarta-feira (9).
Foram elas: RB818, RB814 e RB494 (recomendadas para início de safra, que já estão em escala comercial); RB0764 e RB07662 (sugeridas para o meio de safra) e RB06404 e RB27825 (indicadas para o fim de safra).
Dentre as opções, a modelo RB0764 teve melhor desempenho devido ao seu rápido crescimento vegetativo e adaptação com mais de oito meses de plantada na região, “em um ambiente de plantio de verão”, segundo Antônio Rosário.
O pesquisador é um dos integrantes do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA), entidade que realizou o evento em Coruripe com apoio da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA).
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“Ela (RB0764) apresentou os melhores resultados em termos de toneladas de cana por hectare (TCH)”, disse. Rosário apontou características da cana como verticalidade e densidade, que “facilitam o corte manual e o mecanizado”; e o peso médio de cada unidade computado foi de um quilo e quatrocentos gramas.
“A gente vai esperar agora finalizar o processo de crescimento (mais quatro meses). Estamos recomendando a RB0764 para meio de safra para quem tem irrigação. A melhor resposta dela”, conta, “é numa condição irrigada”, disse; e a cana também responde bem às doenças, acrescentou.
A modelo 0764, plantada na Usina Coruripe em 27 de novembro de 2022, produz hoje em dia cerca de 110 toneladas de cana-de-açúcar por hectare, ainda segundo Rosário. "(Até o fim do crescimento) ela, com certeza, vai produzir mais”, disse.
A cana é “filha” da H641881 com a RB92579, que é a cana de maior sucesso em Alagoas e está dentre as opções utilizadas por pesquisadores e agricultores em usinas de Alagoas e outros estados, com apoio da RIDESA. “A pesquisa, que é uma coisa importantíssima, a gente precisa manter esse trabalho. Essa ação é uma prestação de conta, beneficia a todos do segmento”, completou.
*Estagiário sob supervisão