EUA: Fronteira mais perigosa do mundo continua sendo alvo de brasileiros
Nos últimos 12 meses, quase 700 pessoas morreram ou desapareceram na fronteira entre México e Estados Unidos
A tática conhecida como “Cai-Cai” vem sendo cada vez mais utilizada por estrangeiros que desejam entrar de forma ilegal nos Estados Unidos. A estratégia é simples, mas arriscada: cruzar o deserto mexicano e, uma vez em território americano, se entregar às autoridades de fronteira (CBP), solicitando asilo.
Desde o início do governo Biden, em 2021, todos os meses, cerca de 200 mil estrangeiros tentam entrar ilegalmente pela fronteira americana, o que já totalizou quase 4 milhões de detenções, com mais de 300 mil pessoas deportadas para seus países de origem ou removidas para o México, naquela que é considerada a maior crise humanitária da história dos EUA.
Segundo dados divulgados em setembro de 2023 pela Organização Internacional para as Imigrações (OIM), 686 pessoas morreram ou desapareceram na fronteira entre México e Estados Unidos nos últimos 12 meses. Entre as principais causas de mortes estão afogamento, acidentes com veículos, por frio extremo ou insolação, como aconteceu, em 2022, com a técnica de enfermagem brasileira Lenilda Oliveira dos Santos.
“As leis permitem que um imigrante que se entrega voluntariamente ao cruzar a fronteira possa responder a um processo de asilo nos EUA em liberdade condicional ou, em uma segunda hipótese, ficar detido no país à espera de um processo de deportação”, afirma o advogado de imigração Marcelo Gondim. Para ambos os casos, existe a possibilidade de apelar para um juiz federal, alegando os motivos pelo qual a pessoa considera que merece o direito de permanecer no país, mesmo tendo entrado de forma irregular.
Como explica Gondim, os principais motivos são de ordem humanitária, já que muitos dos que se utilizam do Cai-Cai estão vindo de zonas de guerra ou de países que passam por extrema pobreza, além de casos em que o imigrante alega ser vítima de perseguição política, racial, sexual ou religiosa em seu país de origem.
Brasileiros também são alvo da estratégia
Um estudo publicado pelo Instituto Migration Policy, em maio de 2023, apontou que, durante muitos anos, a tática do “Cai-Cai” foi utilizada majoritariamente por imigrantes vindos do México ou da América Central, em especial El Salvador, Honduras e Guatemala. Entretanto, cada vez mais, pessoas de outras nacionalidades vêm aderindo a esta estratégia. Entre elas, milhares de brasileiros.
De acordo com a Polícia Federal, 2022 foi o ano com o maior número de brasileiros que tentaram cruzar a fronteira, e, posteriormente, foram deportados dos Estados Unidos, com 4.516 pessoas trazidas de volta ao Brasil em 42 voos. No total, desde 2019, mais de 9 mil brasileiros já foram deportados. Beneficiada pela circulação de notícias falsas em grupos de WhatsApp e redes sociais, a prática do “Cai-Cai” passa pela mão de atravessadores, os chamados coiotes, que podem cobrar mais de 30 mil dólares pelo “serviço”.
“O Cai-Cai é uma prática muito arriscada, seja pelas dificuldades do deserto, possibilidade de ser enganado por um coiote ou pelas punições que o imigrante pode sofrer, como prisão e deportação, e que certamente não vale a pena. Até porque existem diversas vias legais imigratórias para quem deseja entrar pela porta da frente dos Estados Unidos”, defende Gondim.
Gondim Law Corp
A Gondim Law Corp é um escritório sediado em Los Angeles, que oferece serviços jurídicos em processos de imigração, green cards, vistos e defesa de corte em casos de asilo ou deportação. Por meio de uma equipe de advogados especialistas em mobilidade global, a Gondim Law já ajudou mais de 140 mil brasileiros a se tornarem residentes legais nos Estados Unidos. A expertise de seus profissionais em todas as fases dos processos de imigração voltados para carreira, emprego, investimento, laços familiares, programas humanitários ou vistos temporários, fez com que o escritório se tornasse um dos mais respeitados e procurados por quem deseja começar uma nova vida nos EUA. A Gondim Law é composta por um time de advogados imigrantes, que um dia chegaram aos Estados Unidos buscando os mesmos sonhos que hoje ajudam seus clientes a realizarem. Para mais informações, acesse: www.gondimlaw.com
João Costa é Jornalista, Assessor de Imprensa, é Membro da API (Associação Paulista de Imprensa), é "Prêmio Odarcio Ducci de Jornalismo, é "Prêmio de Comunicação pela ABIME – Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica, Digital e Influenciadores, é Prêmio Iberoamericano de Jornalismo, é Referência em Comunicação pela Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação – ANCEC, tem reconhecimento por Direitos Humanos pelo Instituto Dana Salomão e Menção honrosa do Lions Clube Internacional- Rio do janeiro. Teve participação ativa em eventos da Embaixada do Gabão no Brasil em Brasília, tendo inclusive, sido intérprete de discurso a convite do Embaixador do Gabão no Brasil, em jantar beneficente, com a presença do Vice-Presidente da República Federativa do Brasil. O mesmo possui participação em workshops, webinars, congressos e conferências.