Paradiplomacia Alagoana, Turismo e a Batalha contra a Braskem
Os esforços de Alagoas foram recompensados de maneira grandiosa
Em 2023, o Estado de Alagoas empregou com maior eficácia a ferramenta de paradiplomacia, uma estratégia que permite a atuação de entes subnacionais na política externa, com o objetivo de promover os interesses de sua região em diversas áreas. A marca ‘Alagoas’ brilhou em eventos nacionais e internacionais, como a renomada Feira de Turismo de Berlim e a prestigiosa Feira Internacional de Turismo de Gramado, no Rio Grande do Sul.
Além disso, Alagoas lançou uma campanha de marketing inovadora no exterior, com foco em países como Portugal e Uruguai. Esta campanha destacou as deslumbrantes praias de Alagoas, a rica cultura, a gastronomia única e a hospitalidade do povo alagoano.
Os esforços de Alagoas foram recompensados de maneira grandiosa. O estado garantiu novas malhas aéreas, incluindo voos diretos para Buenos Aires, e atraiu novos investimentos para o setor de turismo.
O Turismo Alagoano é uma das principais atividades econômicas do estado, que possui belas paisagens naturais, além de sua riqueza cultural e gastronômica. Entre as cidades que se destacam, está a capital alagoana, Maceió, uma jóia do Nordeste brasileiro. No entanto, Maceió enfrenta diversos desafios devido aos crimes ambientais da petroquímica Braskem em seu território.
Os esforços para responsabilizar a Braskem não podem obscurecer toda a riqueza da capital alagoana, que é símbolo de beleza e é reconhecida nacional e internacionalmente por isso. É um fato que o crime ambiental tem o potencial de afetar negativamente tanto o turismo em Alagoas quanto as relações paradiplomáticas do Governo de Alagoas e da Prefeitura de Maceió.
Em um ano de esforços para aumentar o turismo para a temporada de festas de dezembro, a notícia de um colapso em uma das minas da Braskem, juntamente com informações falsas disseminadas por páginas sensacionalistas, têm o potencial de afastar os turistas de Maceió. A cidade teme uma maior dificuldade no enfrentamento da crise, sobretudo na queda do comércio na capital e as consequências na vida da população maceioense. Ao mesmo tempo, a secretária de turismo do Estado, Bárbara Braga, tranquiliza os turistas e afirma que não há motivos para preocupações ou perigos provenientes da situação ocasionada pela mineradora.
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Maceió não está morta, ela vive e continua com suas belezas únicas à espera de turistas que possam aproveitá-las e vivenciar experiências únicas. A politização do crime somente prejudicará a imagem de Alagoas. O momento é de restaurar a confiança das pessoas e de responsabilizar a Braskem pelos danos irreversíveis aos moradores da capital alagoana. Somente priorizando o que se deve de fato, priorizar, é que a resolução da crise começará a avançar.
Futuro internacionalista com um forte compromisso com causas sociais e um foco em Diplomacia Subnacional, Direitos Humanos e Sustentabilidade. Atualmente, é graduando em Relações Internacionais pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER. Possui extensão em Paradiplomacia e Direitos Humanos pela Escola Superior de Relações Internacionais - ESRI e em Macroeconomia e Governo Corporativo pela Universidad Popular Autónoma del Estado de Puebla - UPAEP/MX. Além disso, busca desenvolver a ideia de internacionalização do Nordeste, sobretudo, no estado de Alagoas.