Rodrigo recebe protagonismo sobre grandes obras da gestão JHC, mas tem que mostrar resultados
Vice-prefeito e secretário de infraestrutura, Cunha tem realizado intensa agenda de visitas nas obras da Prefeitura de Maceió
O vice-prefeito de Maceió e titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Rodrigo Cunha, tem ganhado os holofotes da imprensa local no início do segundo mandato do prefeito JHC.
Naturalmente, Cunha deve inteirar-se a respeito das obras da gestão, já que assumiu também o cargo na Infraestrutura, mas são sequenciais e quase diárias as notícias e fotos divulgadas pela assessoria do órgão com o ex-senador, que trouxe também uma nova equipe de comunicação para acompanhá-lo - e apresentá-lo - como gestor.
A gestão JHC, abarcada pelo dinheiro pago pela Braskem, fruto do acordo indenizatório após a destruição de 5 bairros da capital alagoana e êxodo urbano de 60 mil pessoas, investiu em obras faraônicas, cujos resultados ainda não são sentidos, a princípio, pela população, com exceção das obras de contenção de encostas, que têm resolvido a aflição de moradores de grotas em diferentes bairros da capital alagoana.
Com a possibilidade de assumir o cargo de prefeito, caso JHC vá disputar a eleição para governador, Rodrigo pode entregar obras como o BRT de Maceió, a linha verde, visitada pelo vice nesta quinta-feira, 22, e o Renasce Salgadinho, propagandeado pela Prefeitura como a maior obra ambiental da história do município.
Além disso, a abertura da nova orla entre a Pajuçara e o Jaraguá, contornando o porto de Maceió, as muitas obras de pavimentação e as areninhas esportivas, podem dar destaque ainda maior ao ex-senador, que em um movimento político controverso, deixou o Senado para dedicar-se ao cargo de vice-prefeito na capital alagoana.
Ao que parece, o alarde e exposição do vice-prefeito logo no começo do mandato vão dar o tom do que será a segunda passagem de JHC pelo executivo, onde dividirá as visualizações, às quais é tão apegado, com Cunha.
Resta saber se as obras da Prefeitura, grande parte delas fruto do dinheiro da Braskem, vão beneficiar Rodrigo ao fazer dele um competente gestor de projetos e políticas públicas no executivo, ou trarão ao ex-senador a penumbra da hipérbole, do exagero e da extravagância, com resultados aquém do esperado.