‘JHC’ do Recife prepara caminho para alçar voos bem mais altos
Dentre vários nomes importantes que participaram das exéquias do ex-senador Benedito de Lira, no Memorial Parque das Flores, chamou a atenção a presença do prefeito reeleito do Recife, João Campos, visto como um jovem gestor com grande futuro.
Filho e herdeiro político de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e presidenciável morto em um acidente aéreo em Santos, no interior de São Paulo, em agosto de 2014, JOÃO HENRIQUE de Andrade Lima CAMPOS, o ‘JHC’ pernambucano, parece fadado a alçar voos bem mais altos no cenário da política regional e nacional. É uma questão de tempo e, naturalmente, de rumos a seguir.
Filiado ao PSB, Campos realiza um bom trabalho como prefeito do Recife – uma capital com problemas desafiadores – tanto que se reelegeu, já no primeiro turno e com mais de 77% dos votos dos recifenses. Vitória retumbante, sem dúvida.
Com esse desempenho, óbvio que seu nome logo entraria no rol dos cotados para disputar o governo de Pernambuco. Não será, como nunca foi, uma eleição fácil, mas o ‘outro’ JHC enfrentará o grupo fragilizado da governadora Raquel Lyra, que chegou ao poder literalmente por acidente (seu marido Fernando Lucena faleceu de repente poucos antes da eleição, causando comoção no Estado), e não vem realizando uma boa gestão.
Numa demonstração de que está pavimentando caminho para uma viagem mais distante, durante o segundo turno da eleição do ano passado João Campos participou, levou seu apoio a candidatos fora de Pernambuco. Foi o caso de Evandro Leitão, o petista que travou uma batalha épica e venceu a disputa rumo à Prefeitura de Fortaleza, uma das três mais importantes capitais do Nordeste. Era o ‘outro’ JHC exercitando seu carisma político.
Aos 31 anos, portanto muito jovem ainda, João Campos ocupa cada vez mais espaço no cenário político de um estado que foi precursor nas lutas libertárias pela independência do Brasil, razão pela qual seu Hino (um dos mais belos da Federação) afirma em alto e bom tom que “a República é filha de Olinda”.
Pernambuco legou grandes nomes à vida pública nacional, como o abolicionista Joaquim Nabuco, Miguel Arraes, Marcos Freyre, o revolucionário frei Caneca, Marco Maciel, dentre outros, mas nunca ‘deu’ um presidente. Dessa vez, porém, com João Campos em ação – e sem acidentes misteriosos – quem sabe Pernambuco encurtará a distância que o separa do Planalto Central.