Como o grupo de Paulo e Renan pode eleger os dois senadores
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Crescendo de forma contínua, antes, durante e após a eleição municipal de outubro último, o bloco governista liderado pelo governador Paulo Dantas e senador Renan Calheiros, ambos do MDB, já exibe potencial para vencer ‘de cabo a rabo’ as eleições do próximo ano, quando os alagoanos voltarão às urnas para eleger presidente da República, governador, dois senadores, nove deputados federais e 27 deputados estaduais.
Contando ainda com a liderança do ministro (e ex-governador) Renan Filho, do vice-governador (também ex-chefe do Executivo alagoano) Ronaldo Lessa, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor, o grupo ocupa hoje um espaço político jamais observado em Alagoas.
São cerca de 90 dos 102 prefeitos, quase 400 vereadores e a esses, com ampla capilaridade no Estado, somam-se ex-prefeitos e ex-vereadores, os combatentes da linha de frente de um pleito estadual, sobretudo majoritário como o de governador e para o Senado. Aí estão inclusos os gestores eleitos e reeleitos nas maiores cidades do interior: Arapiraca, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia, União dos Palmares.
O avanço, a expansão do bloco é de tal forma consistente que, na Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Victor, também do MDB, foi eleito para o quarto mandato de presidente do Parlamento estadual apoiado pela unanimidade dos 27 deputados, ou seja, liderança absoluta na Casa de Tavares Bastos.
Com toda essa força, são praticamente unânimes as previsões de que o grupo elegerá o governador (provavelmente Renan Filho), a maioria dos federais, a quase totalidade dos estaduais e, dependendo de possíveis acertos, os dois senadores – Renan Calheiros e um correligionário.
Cabe aqui observar que Renan Filho não disputará o governo se, convidado, aceitar ser o vice na chapa presidencial de Lula. Quanto à segunda vaga de senador, o bloco governista poderá conquistá-la caso não haja um entendimento que viabilize a candidatura do deputado Artur Lira, e ainda considerando que, fragilizado por falta de apoio e de estrutura, o prefeito JHC acabará optando por permanecer no cargo até o fim do mandato.
Enquanto isso, aguarda-se uma definição em Brasília, onde Lula pode convidar Lira para ocupar um ministério, decisão que inevitavelmente o aproximaria do senador Renan Calheiros.
Para vencer de ‘cabo a rabo’, como assinalado na abertura, falta a presidência da República. Lula? Muito provavelmente, pois – veja bem – com toda adversidade circunstancial (soluço do dólar, preço alto dos alimentos, reajuste dos combustíveis), novíssima pesquisa do Instituto Quaest revela que Luiz Inácio venceria a sucessão presidencial em todos os cenários, se o pleito fosse hoje.