Um político que não precisa dizer que disputará governo

Com a experiência adquirida e o suporte propiciado pela convivência política com o pai senador (um dos políticos mais experientes, tanto aqui em Alagoas como em Brasília) o ministro Renan Filho caminha pisando em solo firme, fala quando deve e opina quando julga oportuno e necessário fazê-lo.
- Não sou candidato a vice-presidente e não sei se disputarei o governo novamente, no ano que vem – diz o ministro dos Transportes, um dos mais bem avaliados do governo Lula.
Parece óbvio, afinal o ano eleitoral começará em janeiro vindouro, mas no cenário que está desenhado para 2026, Renan Filho é um dos nomes mais evidente, mais especulado para a sucessão estadual, o que lhe autorizaria falar, adiantar posições, mexer com o tabuleiro do processo eleitoral vindouro. Em vez disso, porém, prefere se conter. Nada de açodamentos.
Sua postura contida, entretanto, não lhe serve de escudo nem o livra de comentários e previsões. Pois, mesmo considerando a distância das próximas eleições – quase um ano e meio – analistas políticos dão como ‘martelo batido’ sua candidatura ao governo, com altíssima probabilidade de vitória.
Com títulos de sobra – prefeito, deputado federal, governador duas vezes, senador e ministro de uma das Pastas mais poderosas do governo federal – Renan Filho é o que se pode definir como ‘candidato natural’ à sucessão do governador Paulo Dantas, com total apoio de um fortíssimo bloco político, somado à liderança reiterada nas pesquisas de intenção de voto envolvendo a grande maioria dos eleitores alagoanos.
Seus feitos como governador mudaram a realidade de Alagoas, econômica e socialmente, e tem o reconhecimento da população. O ajuste fiscal foi o grande passo para viabilizar uma gestão operante e um estado com capacidade de investir. Obras viárias, saneamento, escolas de tempo integral, programas sociais de amplo alcance, ações nas grotas de Maceió, salários reajustados e pagos em dia.
A tudo isso somam-se seis grandes hospitais construídos e inaugurados na capital e no interior, além de várias Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Seja, são ações que marcam a história de um governo exitoso e que tão cedo não se apagará da memória popular.
Para completar, Renan deixou no governo um Paulo Dantas que sequencia inovando, deixando sua própria marca, fazendo Alagoas avançar mais em todas as áreas. Por tudo isso, sua possível volta ao governo alagoano passou a ser um verbo conjugado no imperativo.