Ciência, tecnologia e inovação

Nasa lança novo satélite para pesquisa climática

Missão com objetivo de medir calor perdido para espaço no Ártico e na Antártida ainda terá lançamento de outro equipamento em breve

Por CNN 27/05/2024 11h11
Nasa lança novo satélite para pesquisa climática
NASA - Foto: GREGG NEWTON/AFP/JC

A Nasa lançou o primeiro de dois satélites de pesquisa climática a partir de uma base na Nova Zelândia neste sábado (25), com o objetivo de medir quanto calor é perdido para o espaço no Ártico e na Antártida.

O satélite do tamanho de uma caixa de sapatos decolou às 4h42 (pelo horário de Brasília), a bordo de um foguete Rocket Lab Electron, a partir do complexo de lançamento oceânico do Rocket Lab em Mahia.

A empresa confirmou o bem-sucedido lançamento do satélite às 5h35.

A missão científica climática, conhecida como Energia Polar Radiante no experimento Far-InfraRed (Prefire, em inglês), visa melhorar a compreensão dos cientistas sobre como o vapor de água, as nuvens e outros elementos da atmosfera da Terra retêm o calor e evitam que ele irradie para o espaço.

Os dados recolhidos irão informar os modelos climáticos e, espera-se, levar a melhores previsões sobre como a crise climática irá afetar os níveis do mar, as temperaturas, a neve e a cobertura de gelo, disse a Nasa.

A Terra absorve muita energia do sol nas regiões tropicais. As correntes climáticas e oceânicas movem essa energia térmica em direção aos polos, onde o calor irradia para cima, para o espaço.

Grande parte desse calor está nos comprimentos de onda do infravermelho e nunca foi medido sistematicamente, acrescentou a Nasa.

Para realizar essa medição, a missão Prefire foi elaborada com dois satélites equipados com sensores de calor em miniatura. A data de lançamento do segundo satélite será anunciada em breve, informou a agência americana.

Assim que ambos forem lançados, os dois satélites estarão em órbitas assíncronas quase polares – passando sobre um local específico em momentos diferentes, olhando para a mesma área com horas de diferença um do outro.

Isso deverá permitir que os satélites coletem dados sobre fenômenos que ocorrem em uma escala de tempo curta, exigindo medições frequentes – como a forma como a quantidade de cobertura de nuvens afeta a temperatura na Terra abaixo dela.