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Tempestades solares vão manter auroras boreais em locais não habituais; entenda

"Surtos" solares permitem o fenômeno

Por Gazeta Brasil 16/10/2024 13h01
Tempestades solares vão manter auroras boreais em locais não habituais; entenda
Aurora Boreal - Foto: REUTERS/Alexander Kuznetsov/Proibida reprodução

Os meteorologistas espaciais anunciaram na terça-feira (16) que as auroras boreais continuarão a ser vistas em locais menos habituais, à medida que persistem as intensas tempestades solares que possibilitam esse fenômeno.

Este ano, as fortes tempestades solares desencadearam auroras cintilantes em regiões mais ao sul do que o habitual, como Portugal, colorindo os céus com tons de rosa, roxo, verde e azul.

O Sol está atualmente na fase máxima do seu ciclo de 11 anos, o que torna os surtos solares e as auroras boreais mais frequentes, de acordo com informações da agência Associated Press (AP).

Espera-se que esse período ativo dure pelo menos mais um ano, embora o pico da atividade solar só será conhecido meses depois do ocorrido, conforme indicado pela NASA e pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

Este ciclo solar gerou auroras mais vibrantes em regiões ao sul, com a expectativa de que novas aparições ocorram, segundo Kelly Korreck, da NASA, que afirmou que ainda há chances de bons espetáculos nos próximos meses. No entanto, essas tempestades também podem causar interrupções temporárias nos serviços de energia e comunicações.

Antes de uma explosão solar, a NOAA alerta os operadores de centrais elétricas e de naves espaciais em órbita.

Em maio, a agência emitiu um aviso raro sobre uma tempestade geomagnética severa, que se revelou a mais forte em mais de duas décadas, produzindo auroras boreais por todo o hemisfério norte.

Na mesma época, os cientistas registraram a maior erupção solar, embora a Terra não estivesse em sua trajetória.

Ciclos solares anteriores geraram tempestades mais intensas do que a de maio, levando os meteorologistas espaciais a monitorarem o Sol para se prepararem para possíveis perturbações significativas, conforme ressaltou Bill Murtagh, da NOAA.

Na semana passada, uma poderosa tempestade solar encantou os observadores do céu fora do Círculo Polar Ártico, com auroras surgindo em locais inesperados, como Alemanha, Reino Unido, Nova Inglaterra e Nova York.