Cooperativismo

Alagoas busca integrar cooperativas com Sergipe e fortalecer cadeias produtivas

Em Alagoas, cooperativas agrícolas, de crédito ou de consumo, por exemplo, dialogam entre si e, dessa forma, viabilizam negócios e fortalecem a economia

Por Vinícius Rocha 05/03/2022 08h08 - Atualizado em 05/03/2022 09h09
Alagoas busca integrar cooperativas com Sergipe e fortalecer cadeias produtivas
Neste sábado, cinco de março, é comemorado o Dia Nacional da Integração Cooperativista - Foto: Assessoria

Neste sábado, cinco de março, é comemorado o Dia Nacional da Integração Cooperativista. A data traz visibilidade aos valores do cooperativismo, especialmente ao princípio da intercooperação. Em Alagoas, cooperativas agrícolas, de crédito ou de consumo, por exemplo, dialogam entre si e, dessa forma, viabilizam negócios e fortalecem diversos segmentos da economia no estado.

Devido ao forte viés do segmento rural no estado, as cooperativas do agronegócio se destacam em Alagoas. Em fevereiro, buscando integrar a atuação da agricultura familiar entra os estados de Alagoas, Sergipe e Bahia, as cooperativas do segmento participaram da missão da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes/AL), no no Sealba Agro Show, maior evento agro de Sergipe.

“O cooperativismos e a agricultora familiar de Alagoas está cada vez mais seguro e participa de eventos como esse para fortalecer o relacionamento com o mercado e captar novas ideias. Temos como missão atrair novos parceiros”, destacou Antonino Cardozo, presidente da Unicafes/AL, à época.

Há duas semanas, também em Sergipe, cooperativas vinculadas à Unicafes/AL realizaram uma visita técnica à Coofama - Cooperativa dos Produtores de Farinha de Mandioca do Município de Campo do Brito, onde puderam conhecer o trabalho de destaque realizado com a farinha de mandioca no município e que vende seus produtos para estados como Bahia e São Paulo.

O caso de sucesso da Coofama em Sergipe se dá pelo aproveitamento de toda a produção do campo, pela regularização de todas as casas de farinha do município e pela organização de seus grupos de trabalho. Na visista os produtores alagoanos puderam conhecer todo o processo produtivo da cooperativa do estado vizinho.

"Por que não implantar esse modelo de trabalho de sucesso em Alagoas? Temos muito, enquanto estado, a beber dessa fonte, dessa experiência, para que possamos retomar as casas de farinha no agreste, no sertão e em toda Alagoas", analisa Cardozo.

Quem também trabalha para o aumento no número de casos de integração cooperativista é a Cooperativa Agropecuaria de Produtores de Leite Familiar da Bacia Leiteira de Alagoas - Coopaz. De acordo com Tiago Silva de Melo, presidente da instituição, a cooperativa, que hoje conta com mais de 380 cooperados, busca mobilizar seus agentes para realizar a troca de produtos com outras cooperativas.

"Nós buscamos sempre discutir, dialogar sobre essa necessidade, de fazer a compra dos produtos agrícolas a partir de outras cooperativas e que eles comprem de nós também. Isso é importante para fortalecer o segmento", afirmou Tiago.

A Coopaz, atua principalmente na venda para o Programa do Leite e, segundo o presidente Tiago Silva, deve, em até 120 dias, ter uma definição exata para a instalação da fábrica da Coopaz.

"Estamos em fase de visitação, de compra de equipamento. Vamos vender manteiga, queijo mussarela e yorgut", diz, orgulhoso.