Cooperativismo
Movimento Muda OCB/AL registra chapa de oposição
Cooperativas de sete ramos de atuação no estado apoiam o movimento
O movimento “Muda OCB” oficializou a sua proposta de composição para a "Chapa 2" que vai concorrer às eleições da OCB/AL (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Alagoas) durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO) deste ano. O encontro do grupo, que aconteceu na última quinta-feira ,7, apresentou os seus 18 integrantes que concorrem aos três conselhos de gestão. Se eleita, a Chapa vai indicar o nome do presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos à presidência da OCB/AL.
O movimento é apoiado por cooperativas de sete ramos de atuação no estado. O grupo defende maior transparência na gestão, inclusão e participação, além de princípios como intercooperação e igualdade na OCB estadual. Durante a reunião, os integrantes da Chapa 2 debateram sobre a ausência da OCB na vida das cooperativas locais.
A presidente da Cooperativa de Enfermagem de Alagoas (Coopeal), Edilma Fernandes Vilela, enfatizou a isenção e quase nenhum índice de representatividade exercida pela atual direção da entidade.
“Temos diversos pontos negativos a levantar a partir deste descaso com as cooperativas e a falta de atenção ao setor. A OCB já teve mais altivez, pulsava em intercooperação. Houve um encolhimento enquanto o país avançou nesse setor. Hoje o sistema está muito aquém, não agrega em nada. Entidade que deveria fazer muito mais pelas cooperativas e população”, disse Edilma, manifestando preocupação.
A eleição para a nova diretoria da OCB/AL vai acontecer no próximo dia 20. O processo, que chegou a ser suspenso judicialmente para garantir a participação de todas as cooperativas associadas, vem sendo acusado de manipulação de dados. Informações dão conta que quinze cooperativas foram criadas com objetivo de manipular o resultado.
Para o presidente da Coopaiba, Antonino Cardozo, é chegada a hora da mudança. “Uma entidade tão importante como a OCB não pode continuar à mercê de um grupo que não pensa no coletivo, e nem em desenvolvimento para o setor. Temos cooperativa de crédito que é registrada no Banco Central e não é aceita pela OCB. Não podemos mais admitir que o cooperativismo seja destratado. Estamos nos posicionando como solução e fortalecimento. Chegou a hora. Mudar é preciso”, indagou Cardozo.