Cooperativismo
Estatuto atual não é validado e presidente da OCB-AL não poderá disputar eleições
Estatuto usado para basilar o pleito será o da antiga gestão, como externado pelo interventor Antônio de Pádua
O interventor nomeado pela Justiça de Alagoas para acompanhar o processo eleitoral dá Organização dos Sindicatos e Cooperativas Brasileiras em Alagoas (OCB-AL), Antônio de Pádua, disse, em reunião documentada em ata com o movimento Nova OCB, realizada há 10 dias, que os documentos válidos para as próximas eleições são os anteriores ao falecimento do antigo presidente da entidade, Marcos Rocha.
Entende-se que, dessa maneira, a atual presidente da OCB-AL, Márcia Túlia, não poderá participar do pleito, uma vez que a documentação atual não está adequada e que o estatuto usado para basilar as eleições será o da antiga gestão, como externado pelo interventor em reuniões com a presença de representantes de várias cooperativas de Alagoas.
"O estatuto que permitiu a eleição da atual presidente será anulado por ter sido construído de maneira inadequada", explicou um dos representantes do movimento Nova OCB, Aldaberon Sá Júnior.
Nova OCB
No último dia 9, o movimento Nova OCB, de oposição à atual gestão, entregou um documento com denúncias ao interventor Antônio de Pádua.
Durante o encontro, mais de 30 pessoas representando 22 cooperativas entregaram um documento com 16 pontos, com denúncias e solicitação de esclarecimentos a respeito do processo eleitoral da OCB. A última dessas denúncias cai sobre a atual gestão da e diz respeito à tentativa de coação de cooperativas que participam do grupo de oposição. O grupo já denunciou várias supostas irregularidades somente nos últimos dois meses.
Estatuto inválido
Márcia Túlia assumiu a presidência da OCB-AL após morte do ex-presidente, Marcos Braga Rocha, em 2021. O movimento Nova OCB denuncia que, após a morte de Marcos, foram feitas às pressas mudanças no estatuto para beneficiar a atual gestão.
“O novo estatuto, modificado logo após a morte do Marcos, permitiu a eleição da Márcia e nós o consideramos irregular e, por isso, ele deveria ser invalidado. Trouxemos isso com provas para o interventor, que vai levar em consideração todo o contexto e evidências observadas até agora”, disse uma fonte que participa do movimento.