O Fórum do Cooperativismo em Alagoas, realizado pela União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Alagoas (Unicafes-AL) reuniu, nesta quinta-feira,1º de dezembro, quarenta cooperativas e representantes das gestão pública ligados às secretarias estaduais da Fazenda, Agricultura, Educação, Assistência Social e Desenvolvimento e Turismo. O evento, que aconteceu no auditório do Sebrae-AL, tratou sobre as soluções que o cooperativismo pode oferecer para o desenvolvimento econômico e social para o próximo governo.

Com mais de 50 demandas, o Fórum formou um pacote de sugestões para o fortalecimento fiscal, comercial e de valorização ao setor. Na oportunidade, o programa criado pela Unicafes-AL, “Alagoas Mais Cooperativa”, foi apresentado como vetor de unificação para o coop.

Entre as demandas elencadas pelo “Alagoas Mais Cooperativa” está a criação de um órgão ou estrutura específica para gerir e fomentar as políticas públicas estaduais e a garantia de um orçamento do Estado para efetivação de políticas públicas para o setor. O Fórum também pediu a garantia da realização de eventos voltados para o setor como a Feira Coop e o Encontro do Cooperativismo Alagoano (ENCOOPAL).

Representando a comissão de transição do governo e a secretaria da Fazenda, o superintendente da Sefaz, Francisco Suruagy, destacou o crescimento do cooperativismo na força econômica do Estado. 

“Estaremos avaliando a demanda apresentada na qual solicita o fortalecimento das cooperativas através de incentivos fiscais e arranjos tributários. A promoção do desenvolvimento cooperativo é um programa muito importante e que certamente será acolhido pelo governador Paulo Dantas no próximo governo”, enfatizou Suruagy.

Presente em setores como transporte, no agronegócio, no crédito, serviços, saúde e imobiliário, o cooperativismo conta com cerca de 300 cooperativas, segundo Junta Comercial de Alagoas. São quase três mil empregos, 100 mil cooperados e um ativo aproximadamente a R$ 2 bilhões. No Brasil estão as oito maiores cooperativas do mundo. 

Segundo o presidente da Unicafes-AL, Antonino Cardozo, o cooperativismo pode oferecer soluções para o Estado também para a prestação de serviços, na produção de grãos, ao fomento ao turismo e até na comercialização de combustíveis com preços menores – caso do programa de revenda da Coopaiba, em Piaçabuçu.

“O papel do Fórum é fazer com que o a gestão pública reconheça o tamanho do nosso setor e o seu papel. São empresas espalhadas por todo estado, que geram riquezas, empregam e precisam estar presente na agenda de governo. Para isso é preciso obter uma política pública bem definida. No Fórum, solicitamos também a criação de um grupo de trabalho permanente para propor uma atualização na legislação. A lista também solicita a validação da agricultura familiar em chamadas públicas e a proposição da lei geral das cooperativas, e por fim o a cria&cced il;ão de um departamento de cooperativismo”, descreveu o presidente da Unicafes-AL, Antonino.

Instituições parceiras do cooperativismo como Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) também participaram do Fórum e prestaram suas contribuições. O Ifal, representado pela coordenadora de estágio, Dilliani Barros, propôs parceria para consultorias e incubações de projetos.

“O cooperativismo já é assunto em sala de aula através da disciplina de empreendedorismo e parceiros no fornecimento de alimentos. Além disso, abrimos um diálogo para consultorias em negócios e empreendedorismo para o setor”, destacou a coordenadora do Ifal.

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