Cooperativismo
Projeto da Unicafes-AL incentiva sequestro de carbono social na agricultura familiar
De modelo associativo, o projeto também deverá atuar contra a degradação da floresta nativa Bioma Caatinga em Pé na região do sertão
Pequeno produtores familiares da região do Bioma Caatinga poderão atuar no projeto de crédito de carbono social da região, apoiado pela União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Alagoas (Unicafes-AL) e pela Cooperativa dos Agricultores Familiares de Delmiro Gouveia (Cofadel). De modelo associativo, o projeto também deverá atuar contra a degradação da floresta nativa Bioma Caatinga em Pé na região do sertão. O projeto de crédito carbono social funcionará a partir da atuação da Associação dos Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga e da Cooperativa Produtores de Crédito de Carbono Social e Agricultura Familiar do Bioma Caatinga.
Segundo o presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Delmiro Gouveia (Cofadel), Haroldo Almeida, o projeto gera economia para produção na linha da pobreza e poderá recuperar e salvar a caatinga da devastação ambiental. O modelo está presente em todos os Estados que compõem o bioma.“O processo de geração de crédito de carbono vai acontecer, em síntese, com a Associação quantificando cada propriedade para a geração do carbono e também fazendo a certificação. Os dados são repassados para a empresa que vai validar o sensoriamento remoto e em seguida a cooperativa pode dar sequência com o processo de comercialização do crédito”, explicou Aroldo.
Conforme informações do presidente da Cofadel, uma área com pouco mais de vinte e sete hectares possui potencial para a venda de crédito de cerca de R$ 550 mil, por safra. O processo de geração de crédito de carbono é identificado em biomas capazes de absorver toda poluição que é gerada. Um crédito de carbono corresponde a uma tonelada de gás carbônico (CO²) absorvidos.
Para a Unicafes/AL, Antonino Cardozo, o sequestro de carbono pode se tornar alternativa econômicas na agricultura familiar .“O sequestro de carbono na propriedade familiar significa solo fértil es renda extra. A Unicafes apoia o projeto e essa missão de ofertar. O processo significa capturar parte do gás carbônico da atmosfera e armazená-lo no solo. Temos uma bonificação que irá premiar estes bons serviços que o produtor poderá fazer ao ambiente e naturalmente garantindo a sua sobrevivência com maior qualidade no campo”, explicou Antonino.