Alagoas é o quinto Estado do Brasil e o primeiro do Nordeste em número de agricultores familiares que participam da comercialização de matérias-primas para fabricação de biodiesel. São mais de 3,6 mil agricultores e 8 cooperativas incluídas no programa do Selo Biocombustível Social. Concedido pelo Ministério da Agricultura, o Selo confere ao seu possuidor – as indústrias produtoras de biodiesel - o caráter de promotor de inclusão produtiva dos agricultores familiares enquadrados no Pronaf.

Em Alagoas, a parceria de cooperativas com as indústrias de biodiesel tem promovido diferentes ações que atendem mais de 10 mil agricultores familiares. Um exemplo desse trabalho foi apresentado a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) no sábado passado, dia 13.

A Cooperativa dos Agricultores Familiares e dos Empreendimentos Solidários (COOPAIBA), em Piaçabuçu, recebeu a visita técnica do diretor superintendente da Ubrabio Donizete Tokarski, além de consultores e gestores da Unicafes-AL e do governo de Alagoas. A associação representa nacionalmente parte da cadeia produtiva desses biocombustíveis.

Tokarski conheceu diferentes projetos, a exemplo da produção de mudas de coqueiros para distribuição com cooperados, formação de grupos produtivos e mulheres e de jovens, além de acompanhar de produção de óleo de coco, um dos principais itens de produção voltados a produção do biodiesel comercializado em Alagoas, através do Selo Biocombustível Social.

As visitas, que foram acompanhadas pelo presidente da Coopaiba, Antonino Cardozo, dirigentes da Unicafes-AL e do secretário executivo de Cooperativismo e Economia Solidária do Governo de Alagoas. “A gente viu de perto o quanto o selo está mudando a vida do agricultor familiar para melhor. Não só constatamos a seriedade do trabalho desenvolvido. Em Piaçabuçu viemos importantes exemplos de como o Selo auxilia no aumento de renda das famílias e cria novas oportunidades, cumprindo efetivamente os seus objetivos”, aponta Donizete.

Para o presidente da Coopaiba, Antonino Cardozo, a participação no Selo gerou oportunidade para inclusão dos agricultores familiares.“Tivemos um amplo avanço em suporte técnico e um melhor desenvolvimento dos nossos plantios. Com isso, as propriedades familiares ganham na diversificação da renda e na capacitação para atender ao mercado de oleaginosas. Foi uma visita extraordinária às nossas unidades no geral”, disse Antonino Cardozo, presidente da Coopaiba.