A Cooperativa dos Produtores de Laranja Lima de Alagoas (Cooplal), de Santana do Mundaú, na região da zona da mata alagoana, está reestruturando sua base produtiva. Ela segue investindo na fabricação de polpas de frutas e de ração como alternativa para superar a baixa produtividade de laranja lima na região, fortemente atingida por pragas e doenças.

A mosca negra, um dos principais entraves na produção de citrus, é a praga responsável por reduzir em 40% a produção de laranja lima nos últimos anos em Santana do Mundaú. Município que já esteve entre os principais produtores de laranja lima do país. Mas os produtores alagoanos buscaram soluções para o problema.

Se outrora a paisagem das regiões de cultivo estava marcada pelos citrus cobertos de fumagina - uma camada de fungos que crescem como consequência da presença da mosca negra. Agora, a expectativa é de um cultivo de outras frutas para a produção de polpas, e também de cultivos de macaxeira e milho, para a produção de ração. 

O novo caminho buscado é uma alternativa que pode corresponder às demandas dos produtores da Cooplal por poderem voltar a testemunhar a alta produtividade e plantações saudáveis em seus terrenos.

Presidente da Cooplal diz que uma fábricas serão inauguradas

Durante o encontro do Programa Rota da Merenda Legal, que aconteceu na última semana em União dos Palmares, em Alagoas, o presidente da Cooplal, Antônio Carlos, explicou que a produção de outras frutas é uma forma de atender à vontade dos produtores de mudar o perfil de suas produções.

“A laranja já não é mais solução para muitos produtores, que estão migrando. “Como Cooperativa, estamos preocupados, nos reunimos com os produtores e estamos diversificando, acompanhando a demanda dos agricultores que estão migrando. Então lá, nós vamos para a fábrica de polpa de frutas, aproveitando que muitos já estão incentivando a plantação de goiaba na região, de maracujá, do abacaxi, de manga.” disse Antônio, garantindo que duas fábricas serão inauguradas, uma de frutas e outra de ração. 

Quanto a fábrica de ração, também prevista para ser inaugurada em setembro, Antônio Carlos contou que faz parte de uma estratégia para otimizar a cadeia produtiva na região.

"A fábrica de ração tem um objetivo diferente, que é a cadeia produtiva da agricultura familiar, aproveitando essa pequena fábrica para os cooperados, no qual iremos incentivar a produção do milho e da macaxeira. Hoje o milho é muito usado na ração animal e a macaxeira também está sendo muito utilizada", completou.