Cooperativismo

Movimento denuncia irregularidades e emite nota de repúdio contra direção de sindicato de cooperativas

Organização dos Sindicatos e Cooperativas de Alagoas (OCB/AL) passa por processo eleitoral que vem sendo alvo da Justiça desde 2022

Por Redação 02/10/2023 15h03 - Atualizado em 02/10/2023 18h06
Movimento denuncia irregularidades e emite nota de repúdio contra direção de sindicato de cooperativas
OCB-AL - Foto: Reprodução

O movimento Nova OCB/AL, que faz oposição a atual direção da Organização dos Sindicatos e Cooperativas de Alagoas (OCB/AL), usou as redes sociais nesta segunda-feira (2), para emitir uma nota de repúdio denunciando falta de transparência e práticas antidemocráticas no processo eleitoral da entidade. 

Na nota, o Nova OCB/AL repudia veementemente os atos absurdos e arbitrários da atual presidente da entidade representativa, Márcia Túlia, chamada, no documento, de inelegível e ilegítima.  

Segundo o documento, houve manipulação e fraude nos estatutos da entidade após a morte do ex-presidente Marcos Braga Rocha por parte de Márcia Túlia, com o objetivo de legislar em causa própria. Eles denunciam ainda a formalização de contratos abertamente direcionados a um grupo de cooperativas dando a atual direção garantia de sustentação eleitoral para manutenção no cargo. 

Confira abaixo:


Ainda na nota, a ''Nova OCB", movimento criado desde 2018, diz que Márcia Túlia vem deliberadamente restringindo e impedindo a participação e a regularização de um número considerável de cooperativas na organização, criando regras, estabelecendo critérios inalcançáveis, "com objetivo claro de dificultar a participação de outras cooperativas no pleito eleitoral". 

O Jornal de Alagoas procurou a direção da OCB/AL e a sua assessoria de imprensa para um posicionamento diante da nota, mas até o momento não conseguiu contato. O espaço está aberto. 

Veja a nota na íntegra:

O movimento "Nova OCB" que reúne um conjunto de cooperativas que, desde 2018, denunciam publicamente a falta de transparência e democracia dentro da Organização dos Sindicatos e Cooperativas de Alagoas (OCB/AL), vem a público denunciar de forma veemente os atos absurdos e arbitrários da Presidente inelegível e ilegítima Márcia Túlia.

Faz-se necessário lembrar, por este movimento, a dissimulação e a escancarada manipulação de todos os atos até aqui praticados pela presidente ilegítima. Atos estes que começam com a manipulação e fraude nos estatutos da entidade após o falecimento do ex-presidente Marcos Braga Rocha, com vista a legislar em causa própria e vir a ser a presidente da entidade. Bem como, atos que levaram à prática de construção de base de apoio com a efetivação de uma série de contratos que são abertamente direcionados a um grupo reduzido de cooperativas o que, por sua vez, lhes dá sustentação eleitoral para manutenção no cargo.

Vale ressaltar também que os atos arbitrários, mesmo reconhecidos pela Justiça dado o seu afastamento, a referida presidente continuou a ter uma prática deliberada de restringir e impedir a participação e a regularização de um número considerável de cooperativas na organização, criando regras, estabelecendo critérios inalcançáveis, com objetivo claro de dificultar a participação de outras cooperativas no pleito eleitoral.

Não obstante, a presidente inelegível e ilegítima - assim reconhecida pela Justiça no Processo n.° 0712424-33.2022.8.02.0001 , evidenciando o seu total desrespeito e desprezo pelo rito formal da entidade, pela democracia interna e pelos atos do Poder Judiciário de Alagoas passa a agir como verdadeira dona da entidade, coagindo pessoas, manipulando grupos, orientando tumultos e cancelando contratos, numa postura clara de terrorismo eleitoral, mesmo quando a determinação da Justiça foi apenas de suspensão dos contratos que podem desequilibrar o processo eleitoral em curso.

Ressaltamos ainda que esta última postura assumida pela presidente, tem o viés de criar um ambiente de insegurança e caos dentro da organização, responsabilizando a Justiça e os denunciantes pelos prejuízos causados.