Cooperativismo

Cooperativas se destacam com aumento de lideranças femininas no Brasil

Pesquisa do IBGC indica que apenas 15,2% das mulheres ocupam as cadeiras em conselhos de administração e fiscais, no entanto esses números crescem nas cooperativas do país

Por Mundo Coop 15/01/2024 11h11
Cooperativas se destacam com aumento de lideranças femininas no Brasil
Cooperativas se destacam com aumento de lideranças femininas no Brasil - Foto: Reprodução

Segundo os dados do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) as mulheres ocupam apenas 15,2% das cadeiras nos conselhos administrativos, fiscais e diretorias de capital aberto do país.

A pesquisa demonstrou que embora o número seja baixo, ele teve um pequeno aumento em relação a 2022, que foi de 14,3%.

No estudo foram entrevistados 6.160 profissionais em 3.89 empresas. Descobriu-se que apenas 25% das companhias têm mulheres participantes nos conselhos de administração e nas diretorias.

Outras constatações foram de que 82,5% têm alguma mulher na liderança, em 65,8% elas atuam nos conselhos de administração e em 49,2% nas diretorias.

Para Valeria Café, diretora de Vocalização e Influência do IBGC, quando há uma diversidade nos conselhos de administração e organização, as cooperativas tendem a se beneficiar da pluralidade, da inovação e dos processos de decisões.

Em 2018, a Morgan Stanely Capital Internacional (MSCI), revelou que as empresas da rede que possuíam mulheres no Conselho de Administração, entre setembro de 2015 e 2016, geraram um retorno sobre o Patrimônio Líquido de 10,1% ao ano, contra 7 ,4% para quem não possui.

A pesquisa demonstrou que Conselhos de Administração com equipe diversificada tendem a ser mais inovadores e a tomar melhores decisões.

Em um artigo publicado por Deborah Patrícia Wright na Revista GV Executivo, a autora relata que estudos mostram na presença de mulheres nos conselhos e lideranças impactos positivos nos desempenhos financeiros, éticos, sustentáveis ​​e criativos.

Mirna Abou Rafée, CEO da Yutter e criadora de programas de treinamentos e capacitações para profissionais nas habilidades de comunicação, conta que a presença feminina em empresas e cooperativas traz inúmeras vantagens, entre elas, uma diversidade de pensamento, promoção de ambientes mais inclusivos, entre elas outros.

As mulheres sempre serviram nas cooperativas
A presença das mulheres na história das cooperativas já vem de longa data, desde a criação do movimento cooperativista em 1844. Começou com a Sociedade Cooperativa Equitativas dos Pioneiros de Rochdale, no interior da Inglaterra, com a tecelã Eliza Brierley. Ela foi a primeira mulher a se associar a uma cooperativa, em uma época em que a presença feminina era ignorada e vista com maus olhos.

Mais tarde, em 2009, a inglesa Pauline Green tornou-se pioneira ao presidir a Aliança Cooperativa Internacional (ACI). No continente americano, outra mulher representou a sua regional, a uruguaia Graciela Fernandez Quintas.

Para Rosilene Marcelino, professora universitária, conselheira do laboratório de Consumer Insights , da ESPM-SP (CI-Lab), professora de Publicidade, Ciências do Consumo, Cinema/Audiovisual, Identidade, Diversidade e Inclusão da ESPM, são muitas as barreiras enfrentadas no mercado para a ascensão de mulheres.

“A analista Priscila Yazbeck, a partir de levantamento realizado pela BR Rating, coloca que em uma pesquisa feita com 486 empresas, que empregam de 200 a 10 mil funcionários, sendo 59% de nacionais e 41% multinacionais, apenas 3,5% das companhias têm CEOs mulheres e 16% têm mulheres em cargos de diretoria. Já 19% das corporações têm mulheres em cargos de gestão. É preciso engajamento de diversos agentes sociais para superar essas desigualdades”, lembra Marcelino.

Uma das iniciativas é o movimento Elas Lideram 2030, que atua em parceria com o Pacto Global da ONU Brasil e ONU Mulheres e tem como ambição ter 1500 empresas comprometidas com a paridade de gênero na alta liderança até 2030.

Até 2025, espera-se chegar à marca de 30% de mulheres em cargas de alta liderança e, em 2030, eleva-se para 50%.

“A pesquisadora Camila Maldaner nos ajuda a olhar para as mulheres em cargas de liderança nas cooperativas. Ela de partida, rompe com o senso comum e apresenta a liderança como a realização de metas por meio da condução perspicaz da equipe de trabalho, independente das situações vivenciadas”, diz Rosilene.

A partir de um estudo de caso sobre a Cooperativa de crédito poupança e investimento Sicredi Integração Rota das Terras RS/MG, Maldaner faz algumas observações importantes.

Uma delas é a de que as mulheres cooperadas possuem um papel insubstituível, ocupando cargos como caixa, atendente, assistente de negócios, analista, assessora, assessora de negócios, assessora administrativa, assistente administrativo, assistente administrativo financeiro, gerente de negócios PF (pessoa física ), gerente de negócios e tesoureira, estando cada mais presentes em diversas funções e setores.

“Porém em cargas de alta gestão como gerente de unidade e de administrativo financeiro observa-se que há uma escassez delas”, ressalta Rosilene.

Pesquisa e conselho
Essa constatação também foi observada por Heloisa Helena Lopes, vice-presidente do Conselho de administração do Sicredi Pioneira, professora de direito e legislação cooperativista, governança, compliance e liderança e mentora de mulheres. Ela desenvolveu uma pesquisa em 2021, que teve como objetivo principal compreender as trajetórias das lideranças femininas das cooperativas de crédito, e como elas impactam suas carreiras.

No estudo foram analisados ​​os aspectos como as identidades de liderança, ao longo das trajetórias das mulheres pesquisadas.

“Apesar do número de mulheres que o ensino tem superior ser maior no mercado de trabalho, as cargas de posição executiva de alta gestão e conselhos de administração são ocupadas, em sua maioria, por homens. Para diversos autores, a diversidade é importante para os negócios, visto que uma maior diversidade na força de trabalho aumenta a eficiência organizacional e, consequentemente a produtividade, permitindo que a empresa tenha acesso a novos segmentos de mercado, gerando aumento da lucratividade”, explica Heloisa.

Apesar do aumento da participação feminina nas organizações e em posições de liderança, a pesquisadora obteve a existência de um afunilamento hierárquico, ou seja, conforme aumenta as atribuições de liderança e comando nas organizações, encontra-se menos mulheres.

Nas Cooperativas de crédito, Helena observa uma baixa participação das mulheres na liderança, tanto na trajetória do colaborador quanto na do Associado.

Durante as entrevistas, a Vice-presidente do Conselho de Administração da Sicredi Pioneira destacou que, as mulheres líderes das cooperativas de crédito enfrentam grandes dificuldades em sua trajetória de vida para ascenderem.

“Foram momentos em que as mulheres sofreram discriminação de gênero, desestímulo e assédio. Isso serve de importante discussão sobre a necessidade de as cooperativas pensarem em políticas de inserção e serem capazes de promover condições para o fortalecimento da mulher na sociedade, nos negócios e no desenvolvimento das cooperativas”, relembra.

Além de pesquisar o tema, Heloisa foi Conselheira de Administração suplente em 2011 da Sicredi Pioneira.

“Em 2016, a Sicredi Pioneira abriu um Processo de Sucessão para Presidente e Vice-presidente. Naquele momento, tive coragem de “levantar a mão” e participar do processo que teve duração de um ano. Após várias etapas de desenvolvimento, fui escolhido para compor a chapa do Conselho de Administração como Vice-presidente, o que se tornará efetivo em 2019, com a aprovação em assembleia pelos associados”, conta.

Os desafios nos conselhos
Apesar dos desafios, o interesse das mulheres nos conselhos e diretorias nas cooperativas vem crescendo e a expectativa é de que as porcentagens aumentem.

Para melhorar os números de mulheres nas lideranças das organizações foram criados programas que estimulam suas presenças, como o Elas pelo Coop, o Programa de Liderança Feminina da Coop, o Coop Faz Bem pra Educação, que monitora os indicadores de gênero no quadro de funcionários, entre outros.

Segundo o BC, a participação das mulheres nos cargos de diretoras, presidentes e conselheiros nas cooperativas tem crescido desde 2016.

No início, esse percentual girava em tornou-se de 13 a 15%, nos últimos anos subiu para mais de 22%.

De uma maneira geral, cooperativas como as de crédito, que sempre tiveram uma presença maior de homens, tem mais de 2519 mulheres em ocupações de gestoras e conselheiras, chegando a atingir mais de 25%.

Porém, o Relatório de Sustentabilidade das Cooperativas (2020) aponta que apenas 5% das cargas de presidente e vice-presidente das cooperativas de crédito são ocupadas por mulheres.

Nas cooperativas do Paraná, até o final de 2022, tínhamos 1.075 milhões de mulheres cooperadas, o equivalente a 34,4%. Entre elas nove são presidentes eleitos, 4%, onze são vice-presidentes eleitos, 4,8%, 142 são conselheiras de administração, 9% e 145 são conselheiras fiscais, o que representa 15,13%.

Outras cooperativas, como a Coprel têm atualmente sete conselheiras, o Sicredi é formado em 50% por mulheres e os Únilos, cooperativa de crédito que integra o sistema Ailos, conta com 1,5 milhão de cooperados, se tornou a primeira a receber o selo da ONU Mulheres. Ela foi composta por um diretório 100% feminino e tem em seus princípios o Empoderamento das Mulheres da ONU, garantindo não apenas igualdade salarial, mas de oportunidades entre os gêneros.

Silvania Junckes, Diretora Administrativa da Únilos, relata que constantemente percebe os estereótipos de gênero arraigados na sociedade, o que pode resultar em resistência à participação ativa das mulheres em certas funções ou setores.

“Muitas vezes as mulheres podem enfrentar barreiras no acesso a oportunidades de formação e desenvolvimento profissional, o que limita seu crescimento no mercado de trabalho”, indica.

Porém, na Cooperativa, elas destacam a conscientização de todos sobre a importância da equidade de gênero e a necessidade de divulgar informações sobre seus benefícios, a fim de superar esses desafios.

“Promovemos a igualdade de oportunidades para homens e mulheres em todos os níveis da Únilos, pensando na capacitação e desenvolvimento profissional que garantam às mulheres o acesso às mesmas oportunidades de crescimento e aprendizado”, explica.

Na Cooabriel, as cargas ocupadas por mulheres passam por setores estratégicos, como administração, marketing, exportações, sustentabilidade, assim como na gestão de serviços, como armazenamento e comercialização de café.

Na cooperativa Sicredi Nossa Terra PR/SP, a presidente Maura Carrara, relata que desde 2004 a organização dá espaço para as mulheres, entre elas a presidência.

Em um universo de mais de 100 cooperativas, Maura conquistou seu espaço de forma resiliente e perseverante, e hoje é conhecida e respeitada por todo o setor cooperativista.

“A presença feminina nas organizações, principalmente nas cooperativas, era incipiente quando iniciei minha trajetória profissional. Em uma organização de produção, eu já tinha um olhar para esse tema, por sentir falta da sensibilidade feminina. Já no cooperativismo de crédito, a ausência de mulheres era gritante. Assumi a presidência do Sicredi Nossa Terra em 2004, à medida em que entendi o processo decisório fui identificando como poderia trazer mais mulheres para o mundo do mercado financeiro cooperativo”, relata.

Já no Sicredi Centro Sul/BA tem duas mulheres e cinco homens em seu conselho.

A Mundo Coop entrevistou algumas conselheiras que contaram um pouco de suas trajetórias, desafios e expectativas.

As conselheiras nas cooperativas

Verônica Kruger, conselheira de Administração da Cooabriel
Ela conta que sempre quis participar do processo de seleção das conselheiras. Ingressou no Núcleo Feminino da Cooabriel, e sempre acreditou que a mulher tem um papel muito importante, inclusive na agricultura.

“Receba o convite para concorrer à eleição para o conselho e decida aceitar esse novo desafio. Ao assumir a carga, fui muito bem acolhida e me senti confortável em todo o processo”, relata.

Kruger gosta tanto do trabalho, que pretende continuar nele pelos próximos dois anos, com o objetivo de incentivar outras mulheres.

As reuniões de conselho acontecem uma vez por mês. Além disso, as conselheiras se encontram em outros momentos, como em eventos realizados pela cooperativa.

“Já fui conselheira fiscal há três anos e há cerca de um ano como conselheira administrativa. Somos os olhos dos demais cooperados e precisamos ter uma visão mais ampla, pois representamos os anseios e desejos de todos. Sempre recebi muito apoio e tenho liberdade para falar das situações que apresento”, diz.

Tayani Mauri, conselheira de Administração da Cooabriel
A colaboradora Tayani Mauri trabalha na cooperativa há 12 anos. Ela iniciou sua jornada como auxiliar administrativo, passando pelas cargas de coordenadora administrativa e gerente administrativo.

Em janeiro de 2023, passou a atuar como gerente corporativo administrativo. Nesta nova função, gerencia os setores de Recursos Humanos, Sistema Integrado de Gestão e Qualidade e o Setor Administrativo.

“Assumir uma carga de gestão corporativa representou um grande desafio, mas recebeu apoio tanto por parte dos diretores e da superintendência da cooperativa, quanto por parte da equipe de colaboradores”, relata.

Ela aceitou o cargo porque sempre foi apaixonada pela área de desenvolvimento das pessoas e viu ali a oportunidade de atuar em um setor correlacionado. Além de gostar de desafios e da possibilidade de desenvolver novas competências.

“ Na minha visão como gestora, a mulher possui habilidades e competências capazes de agregar valor ao ambiente onde atua, seja por seu olhar cuidadoso e sensível, pela forma como gere conflitos e como se comportar em relação a algumas questões no dia a dia corporativo” , esclarece.

Ela lembra que os desafios são constantes, mas estão envolvidos em cargas de gestão e independentes de questões de gênero. Afinal, as cargas de liderança são bloqueadas para saber lidar com assuntos complexos, como mudanças no mercado, e com contextos internos de gestão, como o gerenciamento de pessoas, a delegação de tarefas, a necessidade de atualização contínua”.

“No dia a dia na cooperativa, percebo que discussões e decisões vindas de mulheres gestoras são levadas em consideração, sem distinção de gênero. Em momentos de alinhamentos entre gestores e diretores, cada pessoa é ouvida em sua área de atuação, com total liberdade para expressar pontos de vista e para contribuir com novas ideias”.

Mauri entende que os gestores precisam investir em atualização constante, buscando novas práticas no mercado. Eles precisam estar interessados ​​em identificar pontos de melhoria profissional, sejam homens ou mulheres.

Luzi Jorge dos Reis Vergani, Coordenadora do Comitê elas pela Coop da OCB Nacional e Conselheira administrativa da Sicredi União MS/TO e Oeste da Bahia
Ela mora em Campo Grande, Mato Grosso e se tornou associada da Sicredi União MS TO e Oeste da Bahia, em 2.000. Luzi foi coordenadora de Núcleo, em 2018 e se tornou Conselheira de Administração. Está agora em meu segundo mandato.

“A minha cooperativa sempre teve o propósito de ter no conselho de Administração no mínimo uma mulher e um jovem. Atualmente temos duas mulheres no conselho de Administração e uma no conselho fiscal. Essas conselheiras foram fruto do trabalho realizado no Comitê Mulher desde 2018”, conta.

Enquanto consulta a Administração, participa das tomadas de decisões e das práticas de governança, contribuindo com o crescimento e desenvolvimento da cooperativa.

“No início confesso que não foi nada fácil, os desafios foram bastante, porém, não deixei que o medo e a insegurança tomassem conta da minha capacidade. Fiz diversos cursos específicos para conselheiro e de governança cooperativa. Tive o apoio e a parceria dos meus colegas do conselho, o que foi fundamental para o meu crescimento e desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional. Acredito que estou motivando e encorajando outras mulheres a fazerem o mesmo, tendo a oportunidade de mostrar suas capacidades e vontade de contribuir com o desenvolvimento cooperativista”, conta.

Ela conta que os conselhos ainda têm um percentual muito baixo de mulheres, para Luzi o motivo principal não é falta de interesse ou despreparo das mulheres, é falta de oportunidade e confiança proporcionada por homens.

Solange Pinzon de Carvalho Martins, presidente do conselho de administração do Sicoob Meridional
Ela é como conselheira de administração do Sicoob Meridional desde 2006. Foi convidada quando presidia a Associação Comercial e Empresarial de Toledo. “Aceitei, porque acreditei que poderia usar a minha experiência na cooperativa, e aprender mais sobre esse modelo de negócio tão importante e inclusivo”, narra. Nos três primeiros anos no Conselho, Solange contou que aproveitou para usar a experiência de seis anos do Banco do Brasil.

Na época a cooperativa entendeu que um mandato com alguém do Conselho integrado a diretoria executiva seria uma maneira mais suave de fazer uma transição na governança.

“Esses três anos integrando os dois órgãos foram muito importantes, pois pude compreender todos os processos ligados à operação. Passado esse mandato retornei ao posto de somente conselheira com uma bagagem ainda maior sobre nosso modelo de negócio, já sendo preparado para assumir voos mais altos”, lembra.

A conclusão relata que os desafios encontrados na área são os mesmos que as mulheres enfrentam em qualquer outra.

“Primeiro temos que mostrar nossa competência, nossos posicionamentos para então adquirirmos confiança. Uma vez que os desafios foram impostos pelos mesmos homens”, finaliza.

Edy Elaine Biondo Tarrafel, Conselheira do Sicredi Centro Sul/Bahia e produtora rural
Seu pai era produtor rural e a mãe professora primária. Edy é formado em Ciências Contábeis, com Pós-graduação em Administração (FGV) e MBA em Gestão de Cooperativa (USP).

“Em dezembro de 1998 meu pai faleceu e assumiu a administração de nossa fazenda em Ivinhema, no Mato Grosso. Foi uma mudança radical, porque sai da cidade e me mudei para o campo. Me dediquei, busquei conhecimento e me tornei uma produtora rural com muito orgulho”, diz.

Em, 2017 foi reeleita como presidente do Sindicato novamente, se tornou uma cooperada do Sicredi. Após 2018 foi convidada para ser Suplente de Coordenador de Núcleo e em 2022 se tornou conselheira.

“Os desafios são constantes e diários, acredito que a solidificação da nossa Cooperativa é um deles, pois assim conseguiremos atender cada vez melhor os nossos cooperados. Dentro do nosso Conselho desempenhamos papéis iguais, mas acreditamos que o instinto feminino tem um olhar diferente para certas questões. Visualizamos de maneira mais abrangente. Mas os papeis se cumprem de maneira igualitária, independente do sexo”, finaliza.

Ivanir S. Pradella, conselheira da cooperativa de crédito Sicredi MS/TO/ Oeste da Bahia
Após exercer a função de conselheira fiscal na cooperativa dos produtores rurais Cooperfarms, foi convidada e eleita em 2022 pela cooperativa de crédito Sicredi MS/TO/ Oeste da Bahia, a exercer a função de coordenadora de núcleo.

“Sou defensora do cooperativismo, por esta razão luto pelo desenvolvimento e crescimento das cooperativas e seus associados. Além da dedicação para com a minha família e empresa, me dedico às Cooperativas dando o melhor de mim em prol dos associados e da cooperativa que representa”, conta.

Ivanir lembra que o desempenho das tarefas da mulher dentro das cooperativas precisa ser valorizado e reconhecido de igual para igual sem distinção de gênero.

Ser conselheira de administração da Cooperativa de crédito Sicredi é uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo que ajudo com minha experiência, tenho a oportunidade de me capacitar por meio de cursos e eventos sobre as novidades e tendências do mercado. O cooperativismo está presente de diversas formas no meu dia a dia, muitas oportunidades só foram concretizadas por meio dele”, relata.