Os 60 anos de história de uma das cooperativas mais tradicionais de Alagoas, a Cooperativa Agropecuária e Indústria de Arapiraca (Capial) foi celebrado com festa durante encontro promovido no Sítio Lagoa Cavada, em Arapiraca, no sábado,2. A cooperativa conta com uma base de 490 agricultores cooperados e um time de 15 colaboradores.

O evento, que reuniu cooperados, agricultores e famílias da região, também foi palco para a Assembleia Geral Ordinária (AGO) e para uma programação com atrações musicais e show de prêmios. A diretoria da Capial realizou sorteio de kits de pulverizadores e quantias em dinheiro no valor de R$ 6 mil.

Atravessando seis décadas, e sendo testemunha do crescimento econômico de Alagoas, a cooperativa foi uma das pioneiras, em 2011, na participação no Programa Selo Biocombustível Social, com a destinação da mamona - retornando ao programa em 2022.

A Capial atualmente consolidou suas atividades na produção de raízes e em hortifrúti. Nos últimos anos, com objetivo de adentrar ao mercado das oleaginosas a cooperativa enxergou a possibilidade de comercializar a produção da categoria para outros estados. Na parte técnica, a cooperativa vem conduzindo testes para a produção do algodão.

Sob a liderança do produtor Chico da Capial, um dos agricultores mais conhecidos do estado e um dos cooperativistas mais emblemáticos da Capial, a cooperativa ampliou seu espaço e deseja aumentar suas vendas para a merenda escola. Em seu mix de produtos estão os alimentos in natura, a goma de tapioca e a macaxeira à vácuo, dentre outros.

Fernando Barbosa, dirigente da Cooperativa, explica que a Capial convive com o dilema da comercialização. Ele adianta que ao menos quatro produtos deverão ser incrementados ao mix neste ano.

“A CAPIAL concentrou suas atividades naquilo que seus cooperados produzem, sendo fruticultura, raízes e grãos. Com isso, buscamos revitalizar a cultura do algodão, plantando mais de 2.000kg de sementes de algodão em 2023. E em 2024 pretendemos dobrar esses números”, explicou.

Entre os próximos desafios, está a implantação da cultura do amendoim voltada para o fornecimento de matéria-prima para a produção nacional do biodiesel do Selo Biocombustível Social.

“Temos tido avanços significativos com a abertura de novos espaços na merenda escolar e agora com o Selo Biocombustível Social, onde a cooperativa vai desenvolver atividades junto aos seus cooperados. Vale ressaltar, a parceria pontual da Unicafes-AL, que foi essencial para nos posicionar no mercado de vendas para órgãos públicos. São 60 anos de muita tradição e trabalho por uma região que confia, participa e trabalha pela agricultura familiar de forma cooperada”, explicou.