Com uma média de 12 mil aves sendo criadas por agricultores familiares da região do Sertão, a produção de ovos caipira vem sendo consolidada pela Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar de São José da Tapera e Região (Coopcaf), no município de São José da Tapera. A cooperativa trabalha pela organização da produção de 120 pequenos avicultores – sendo a maioria de mulheres que tocam a atividade de criação das chamadas galinhas de postura.

De acordo com a presidente da Cooperativa, Verônica Gomes, a produção de ovo caipira atinge em média 2.200 dúzias por semana. “Nos galpões, as galinhas passam por diferentes piquetes de nutrição, com a oferta de ração industrializada e o pastejo. Conseguimos uniformizar a produção, e num processo muito interessante onde registramos que 70% dos nossos agricultores são mulheres”, destacou Verônica.

Responsável pela produção de ovos caipira e do frango de corte, os grupos de mulheres que antes se dedicavam ao apoio da atividade dos maridos na agricultura, hoje tocam a criação de galinhas de postura com foco na comercialização. A capacidade mensal da cooperativa é de 6.400 dúzias.

Com a aptidão para a produção do ovo caipira comprovados, o grupo agora busca enquadrar a comercialização do produto mediante a aprovação dos selos de inspeção. “O nosso principal desafio é a comercialização. Por isso estamos trabalhando para alcançar a autorização comercial. Sabemos da grande demanda por ovos, que está na mesa de toda a população. Também desejamos incluí-los na merenda escolar e destinar aos estabelecimentos privados”, enfatizou.

A Cooperativa, que já deu o seu primeiro passo ao consolidar a produção de ovos caipira na agricultura familiar, tem buscado auxílio de entidades como a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária (Unicafes-AL) para avançar em seu modelo de atividade.

“Esse é um modelo de atividade que vem funcionando em diferentes regiões do país, e que deu muito certo conosco. Então, estamos fortalecendo a nossa base para superar o desafio do escoamento e contando com essa instituição que tanto nos ajuda que é a Unicafes, sempre buscando soluções inteligentes para o pequeno produtor”, disse Verônica.