Cooperativismo

OCB quer Plano Safra de R$ 558 bilhões para 2024/25

Entre as demandas da entidade se destacam a ampliação dos limites de contratação por tomador

Por Globo Rural 10/04/2024 09h09
OCB quer Plano Safra de R$ 558 bilhões para 2024/25
OCB quer fortalecimento do programa de subvenção ao seguro rural (PSR), com a alocação de R$ 3 bilhões - Foto: Getty Images

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) elaborou um documento contendo as principais propostas para o próximo Plano Safra 2024/25. O estudo foi entregue no final de março ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e sugere um montante de recursos total de R$ 558 bilhões, o maior da história até o momento.

“Elaboramos um documento que contempla as principais necessidades dos agricultores”, diz Luís Alberto Pereira, presidente da OCB-GO. Ele esteve presente no primeiro dia da Tecnoshow, feira agropecuária que acontece em Rio Verde, representando a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).

Entre as demandas da entidade se destacam a ampliação dos limites de contratação por tomador; manutenção da atual arquitetura do crédito rural; redução das taxas de juros; elevação do percentual da exigibilidade dos recursos obrigatórios de depósitos à vista de 30% para 34%; a manutenção do percentual de direcionamento dos recursos captados na poupança rural em 65%; a a elevação do direcionamento dos recursos captados através da letra de crédito do agronegócio (LCA) de 50% para 60%.

O fomento ao acesso das cooperativas agropecuárias aos programas de promoção de sustentabilidade ambiental e a ampliação do acesso da agricultura familiar inserida no cooperativismo ao Pronaf também faz parte do pleito da OCB. Em linha com o que está sendo estudado pelo Ministério, a OCB apresentou também alternativas para o aumento de recursos destinados à equalização das taxas de juros e o fortalecimento do programa de subvenção ao seguro rural (PSR), com a alocação de R$ 3 bilhões.

“Nossa proposta é elevar de R$ 800 milhões para R$ 1,2 bilhão os limites para créditos às cooperativas de produção agropecuária”, diz Pereira. Quanto a sugestão de redução das taxas de juros, o executivo explica que para os investimentos na safra 2024/25, a OCB propõe corte de juros em todas as linhas.

“No Moderfrota, por exemplo, a sugestão é que os juros saiam dos 12,5% para uma faixa entre 8,5% e 9%.

Em programas como PCA (armazéns), RenovAgro (agricultura de baixo carbono) e Inovagro (inovações), a proposta é que as taxas sejam ainda mais baixas: 6%, 5,5% e 7,5%, respectivamente”, diz.

“Também sugerimos ampliar o acesso das cooperativas como beneficiárias estratégicas para a efetividade e capilaridade do programa de financiamento RenovAgro, para adaptação à mudança do clima e baixa emissão de carbono na agropecuária”, explica.