Cooperativismo
Cooperativa gaúcha destruída por tempestade tenta salvar grãos
Força-tarefa busca evitar que toneladas de trigo e soja sejam perdidas
Funcionários da Cooperativa Tritícola Regional São-Luizense (Coopatrigo), produtores rurais e equipes de quatro construtoras trabalham há dois dias na sede da entidade em São Luiz Gonzaga (RS) para chegar a um pavilhão onde estão armazenadas toneladas de trigo e soja na tentativa de evitar que os grãos se molhem com as chuvas que ocorrem no município. A estrutura e o telhado foram destruídos pelo vento forte que atingiu a cidade na noite de sábado.
De acordo com o dirigente, todos estão empenhados na limpeza para chegar ao pavilhão a fim de tentar consertar rapidamente a cobertura para evitar que a chuva traga ainda mais prejuízo. O produto armazenado no local não tem seguro.
Além do pavilhão da cooperativa, houve destelhamento e queda de estruturas também na sede administrativa, supermercado, centro agropecuário, Unidade de Beneficiamento de Sementes e na área dos secadores.
“A Defesa Civil alertou que iria chover, mas não foi a chuva que fez isso. Foi um vento destruidor, um fenômeno localizado, que durou cinco minutos e parece ter se concentrado em cima da cooperativa. Minha casa que fica a 1.500 metros nada sofreu e, na zona rural, a chuva foi benéfica para as lavouras”, disse.
A Coopatrigo recebe grãos dos 8.200 cooperados espalhados por 18 cidades da região, mas o presidente não soube dizer nesta segunda o volume que estava armazenado no sábado no local. Ainda não foi feito um levantamento dos prejuízos. Segundo Pires, a cooperativa tem seguro para algumas instalações, mas o estrago foi bem grande.
A presidente do Sindicato Rural de São Luiz Gonzaga, Margareth Costa, também disse que não houve danos nas lavouras e na pecuária da região, mas o Parque de Exposições que fica perto da cooperativa e recebe a cada dois anos a feira agropecuária do município também registrou destelhamento e queda de estruturas dos pavilhões que abrigam ovinos, bovinos e equinos. “Acho que o prejuízo vai passar de R$ 1 milhão”, disse Margareth por telefone, enquanto avaliava os danos no parque.
A unidade da Emater da região também informou que não houve impactos nas lavouras e na pecuária porque o temporal atingiu apenas o lado leste da cidade.