Economia
Levy: resultado do PIB mostra 'desaceleração' e 'transição'
2015 começou 'sem impulso' e com 'desacelerada forte', diz ministro
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira (27) que o resultado do PIB de 2014 já era esperado e não apresentou grandes surpresas. Ele destacou, porém, que a economia já começa a dar sinais de recuperação, apesar de ter iniciado o ano "sem impulso".
A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%. Em 2013, de acordo com dados revisados, a economia havia crescido 2,7%.
Segundo Levy, o resultado do ano passado mostra que o país vive um período de "desaceleração" e "transição""O resultado do PIB mostrou que a gente está especialmente em uma transição. Começa a haver recuperação das exportações. No ano passado a contribuição foi neutra. Esse ano a gente espera que ela possa ajudar o setor externo", disse.
Levy comentou também os investimentos, que caíram 4,4% em 2014, a maior retração desde 1999, quando a baixa havia sido de 8,9%.
"Há um esforço de que a gente veja mais para a segunda metade do ano uma recuperação no investimento. Isso é muito importante para a retomada do país", afirmou.
2015 começa 'sem impulso'Questionado se o pior momento já passou, o ministro respondeu que os primeiros números apontam para um início de 2015 "sem impulso" na atividade doméstica, mas que a economia vai responder às estratégias que estão sendo tomadas.
"A gente vai descobrir que a economia deu uma desacelerada forte no começo de ano por uma série de questões. As questões já estão sendo respondidas e é nesse sentido que a gente vai continuar a retomada do crescimento", afirmou Levy.
Efeito CopaO ministro disse ainda que o PIB teve uma queda durante a Copa, quando muitas empresas pararam suas produções, e que isso influenciou o resultado da atividade econômica em 2014.
Segundo ele, esse fator fez com que a economia 2015 começasse com menos impulso. "O nosso desafio é criar as condições para retomar o impulso que foi se enfraquecendo em 2014", destacou.
Levy passou esta sexta-feira (27) reunido na sede do BNDES, no Centro do Rio.