Economia
Número de consumidores endividados cresce em Maceió
Os indicadores de endividamento do consumidor da capital alagoana voltaram a crescer no mês de maio quando comparados a abril, aponta pesquisa do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços (CNC).
O Índice de Endividamento do Consumidor (IEC), entre os meses de maio e abril, voltou a crescer novamente, passando de 62% dos entrevistados para 63,1%, uma variação de 1,8%.
Em relação ao mesmo mês de 2014, houve queda de 13%, demonstrando que na tendência dos 12 meses o resultado é favorável. Na média, 2015 registrou um endividamento de 63,2%, abaixo da verificada em 2014, 67,3%.
O percentual de consumidores com dívidas atrasadas subiu pelo segundo mês consecutivo, de 21,4%, em abril, para 22,4%, em maio. Uma variação de 4,7%. Comparando com maio de 2014, o resultado foi favorável apresentando uma queda de 5%. A média para o ano atingiu 21,1%, um pouco menor da registrada em 2014, 21,7%.
A taxa de inadimplência voltou a subir em maio, atingindo seu maior nível em 12 meses, 13,1%, ou seja, 8,6% em comparação ao mês de abril e 130% em relação a maio de 2014. A média de 2015 já é superior ao ano passado, 12,5% contra 7,7%.
Segundo análise do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), os números de maio demonstram que na trajetória de 12 meses o nível de endividamento do consumidor vem melhorando. Isso se deve às expectativas negativas que perneiam a economia brasileira, somadas à política econômica de ajuste econômico, que impacta diretamente na demanda agregada e influencia a decisão dos consumidores de contratar novas dívidas. Por outro lado, com juros mais altos, aqueles consumidores que não conseguem honrar suas dívidas acabam piorando sua situação financeira e contribuindo para a elevação da taxa de inadimplência.
As dívidas nos cartões de crédito continuam liderando o endividamento do consumidor (87,7%), seguidas dos carnês de lojas (7,4%), financiamento de casas (3,0%), crédito pessoal (2,9%) e financiamento de veículos (2,5%).