Economia
IPC registra leve alta e mostra que ir ao supermercado está ficando mais caro
Produtos do grupo de Alimentação e Bebidas foram os que mais pesaram no orçamento
Ir ao supermercado pode parecer uma tarefa simples, mas para os que querem economizar toda atenção é pouca na hora de adicionar produtos ao carrinho de compras. Foi justamente pensando em auxiliar o alagoano nesta missão que a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), divulgou, nesta segunda-feira (12), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) referente ao mês de agosto de 2016.
De acordo com a pesquisa desenvolvida pela Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc) da pasta, no último mês, o IPC apresentou uma variação de 0,46%. Em função, principalmente, da alta do leite, o grupo que obteve maior destaque foi o de Alimentação e Bebidas, com uma variação de 0,98%.
“A partir do levantamento, constatamos que os produtos que apresentaram maior elevação de preços foram a manteiga (9,34%), o leite condensado (8,15%), o arroz (7,60%) e o leite (7,49%), o que influenciou para que o grupo de Alimentação e Bebidas registrasse uma alta maior em relação aos demais”, explicou o supervisor de pesquisas da Seplag, Gilvan Sinésio.
A variação, no entanto, não se restringe apenas ao grupo dos alimentos. Quem vai se aventurar nas lojas de roupas, sapatos e acessórios também precisa ficar atento às mudanças nos preços, já que, de acordo com os dados da pesquisa, o grupo de Vestuários foi o segundo a apresentar maior variação no mês de agosto, seguido pelo de Transportes.
“Os produtos do grupo de Vestuário que apresentaram maior variação foram a sandália/chinelo masculino (2,68%) e o short e bermuda masculinos (2,09%), que tradicionalmente movimentam esse segmento do mercado no mês de agosto. Além desses, outros produtos que se destacaram na alta de preços foram a camisa/camiseta infantil (1,92%) e a lingerie (1,84%). Em geral, a variação nesse grupo decorre em função da chegada da coleção primavera-verão, que teve início no mês pesquisado e trouxe novos produtos às lojas”, afirmou Sinésio.
Cesta básica
Outro ponto relevante na pesquisa para os maceioenses é a questão da cesta básica alimentar que, durante o mês pesquisado, apresentou um aumento de 0,45% em relação a julho e comprometeu 38,94% do salário mínimo.
“No mês de agosto, a cesta básica obteve um custo de R$ 342,64 no bolso das famílias de Maceió. Os produtos que contribuíram para esse aumento foram justamente a manteiga, o arroz e o leite, responsáveis pela alta variação no grupo dos alimentos”, ressaltou Sinésio.
A pesquisa do IPC ainda apontou que a carne, um dos produtos de maior relevância e presença na mesa dos maceioenses, registrou uma variação de 0,69%, em comparação com o último mês. Para se ter uma ideia, foi preciso que o trabalhador gastasse a quantia de R$ 19,50 para adquirir 4,5 kg do produto.