Economia

Endividamento atinge 60% da população de Maceió

De acordo com a Fecomércio Alagoas, issso representa um aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao mês de novembro

Por Fecormécio/AL 13/01/2017 12h12
Endividamento atinge 60% da população de Maceió

O endividamento alcançou o percentual de 60% na capital alagoana, em dezembro. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Isso representa um aumento de 1,1 ponto percentual (p.p) em relação ao mês de novembro e um valor 8,9 p.p menor quando comparado com o mesmo período de 2015.

Do percentual de endividados, 27,5% também estão com as contas em atraso; valor 1,8 p.p. menor do que novembro. Em relação ao volume de dívidas, 29,4% acreditam que estão muito endividados; 12,5% disseram estar mais ou menos endividados e 18,1% se consideram pouco endividados. A principal razão para o endividamento é o uso do cartão de crédito (87,6%). Na sequência, carnês/boletos (8,3%) e o uso de crédito pessoal para quitar dívidas anteriores pagando juros menores do que o cartão, 4,8%. Ainda conforme a análise, o cenário indica que as famílias poderão optar pelas compras à vista.

De acordo com o levantamento, 13,7% dos consumidores estão em situação de inadimplência e apenas 6,9% terão condições de pagar totalmente a dívida, recuperando o crédito. Já 29,2% irão pagar parcialmente ou renegociar, enquanto 53,1% não terão condições de pagar.

Para o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, no mês de dezembro há um aumento natural da demanda sobre os bens e serviços ofertados com as férias escolares, confraternizações e outras situações que incentivam a procura por bares, restaurantes, presentes e hotéis. Segundo Rocha, ao contrário do que aconteceu em novembro, quando a Black Friday incentivou o aumento do consumo por meio do crédito, o mês de dezembro favoreceu, por conta do Natal, o aumento do uso dos diversos instrumentos financeiros pelos cidadãos.

Em relação ao período, os consumidores passam cerca de 4,7 meses do ano pagando dívidas. “É um dado positivo se lembrarmos que, em 2015, os consumidores da capital passavam mais de seis meses [6,3] do ano pagando dívidas. Ao se livrarem das dívidas num tempo mais reduzido, já possuem condições de retornar à sociedade de consumo e, como na média apresentam um nível de comprometimento de suas rendas de 29,1%, estão em níveis ainda satisfatórios de saúde de seus orçamentos”, explica Rocha.

Para o economista, 2017 trará boas novas para consumidores e empresários, pois a prática de diferenciação de preços institucionalizada por meio de Medida Provisória irá permitir que os consumidores negociem de forma mais aberta os preços com os vendedores quando o consumo for à vista. Além disso, a universalização dos meios de pagamento permitirá aos empresários custos menores de taxas de administração de máquinas de cartão. “O que poderá reduzir ainda mais os preços praticados”, comentou.