Economia
País perde 1,32 milhão de empregos com carteira em 2016, no 2º ano de queda
O Brasil fechou 1.321.994 vagas de trabalho com carteira assinada em 2016, no segundo ano seguido com resultado negativo.
Em 2015, o país havia fechado 1.542.371 vagas, pior resultado para um ano desde o início da série histórica da pesquisa, em 1992.
Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social nesta sexta-feira (20).
Em 2016, todos os meses tiveram corte de vagas.
O número de empregos cortados é o saldo, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. No ano passado, foram 14,7 milhões de contratações e cerca de 16,1 milhões de demissões, resultando no corte de 1,32 milhão de vagas.
Setor de serviços lidera perdas
Todos os setores pesquisados tiveram saldo negativo de vagas de trabalho no ano passado, com o setor de serviços liderando as perdas:
Serviços: -390.109
Construção civil: -358.679
Indústria de transformação: -322.526
Comércio: -204.373
Agropecuária: -13,089
Serviços industriais de utilidade pública: -12.687
Extrativa mineral: -11.888
Administração pública: -8.643
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua registrou que o Brasil tinha, em média, 12,1 milhões de desempregados no trimestre de setembro a novembro.