Economia

O juro no Brasil ainda é imoral, diz Renan Calheiros

Senador defende maior celeridade na política de redução da taxa de juros pelo Banco Central

Por Redação com www.edivaldojunior.com.br 26/02/2017 17h05
O juro no Brasil ainda é imoral, diz Renan Calheiros

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) usou as redes sociais para pedir celeridade na política de redução de jutos da taxa Selic, do Banco Central do Brasil.

“O juro no Brasil ainda é imoral. Para retomar o crescimento da economia precisamos baixar os juros em velocidade maior”, disse o senador.

Renan Calheiros defende a redução dos juros como uma das medidas para a reativação da economia do país.

O senador tem apresentado várias sugestões ao governo federal para retomada da atividade da ecnomica do Brasil. Em encontro recente com o presidente Michel Temer, Renan Calheiros pediu mudanças no crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, como forma de estimular a economia do País.

Renan sugeriu, por exemplo, reduzir o IOF cobrado nas operações - hoje em cerca de 3% para 1% - e duplicar o prazo máximo para o pagamento do crédito contraído, cujo limite atual é de 96 meses.

O presidente do Senado disse que era preciso ter um "aceno concreto" para o consumo. Segundo ele, a medida poderá injetar bilhões de reais na economia.

Na ocasião, Temer disse ter achado a ideia interessante e pediu ao Ministério da Fazenda uma avaliação de sua viabilidade. Segundo dados do Banco Central, a carteira de crédito consignado fechou 2016 em R$ 389,3 bilhões, aumento de 2,5% em comparação com 2015.

A expectativa de Renan é que o governo formate uma proposta nesses moldes e anuncie mudanças em breve. O próprio senador usa como dado a favor da adoção da medida o fato de que o nível de endividamento das famílias registrou queda em novembro, segundo o BC.

Outra medida é a utilização de parte do FGTS como garantia para os empréstimos consignados. Proposta ainda por Dilma, a Caixa tem até março para regulamentá-la. Os trabalhadores da iniciativa privada poderão usar até 10% dos saldos das contas e a totalidade da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa como garantia de operações de crédito consignado. O governo Dilma estimou que se apenas 10% do total do FGTS mais as multas por demissão sem justa causa fossem usados, entrariam R$ 17 bilhões na economia.