Deputados federais e senadores de Alagoas que retornavam de Brasília, na quinta-feira, 20, usaram uma saída alternativa para evitar o “confronto” com um grupo de manifestantes que protestava contra os projetos de reforma da Previdência e da lei trabalhista. A estratégia, normalmente usada por sindicalistas no Aeroporto de Brasília, surpreendeu os parlamentares no Aeroporto de Maceió. A maioria teria preferido deixar o local pela “porta dos fundos”.

A informação foi divulgado no site do Sindicato do s Trabalhadores da Educação em Alagoas. Segundo o Sinteal, apenas os deputados Paulão (PT/AL), Ronaldo Lessa (PDT/AL) e Nivaldo Albuquerque (PRP/AL)

“passaram pelo desembarque, ouvindo o protesto e as palavras-de-ordem das/os trabalhadoras/es em educação”.

De acordo com o Sinteal, “os senadores Fernando Collor (PTC) e Renan Calheiros (PMDB), e os deputados federais Arthur Lira, Rosinha da Adefal e o ora ministro Maurício Quintella (Transportes), que poderá reassumir o mandato para votar favorável às reformas de Temer (já declara abertamente isso), preferiram sair pela ‘porta-dos-fundos’ do aeroporto a encarar o protesto do Sinteal”.

Veja o texto na íntegra:

SINTEAL REALIZA PROTESTO NO AEROPORTO ZUMBI DOS PALMARES

Com diretoras/es da sua executiva estadual e dos núcleos regionais e a participação de companheiras/os da base da categoria, o Sinteal realizou na tarde desta quinta-feira 20 de abril um ato público de protesto contra as reformas previdenciária e trabalhista do golpista Michel Temer, objetivando também um “corpo a corpo” com parlamentares alagoanos (deputados federais e senadores), que regressavam a Maceió no voo que chegou de Brasília (DF) no início da tarde. Palavras de ordem como “Se você não lutar, não vai se aposentar”, as/os trabalhadoras/es receberam o apoio dos passageiros que passavam pelo portão de desembarque, alguns gritando também o já tradicional grito nacional dos protestos de rua: “Fora Temer!”.

Passaram pelo desembarque, ouvindo o protesto e as palavras-de-ordem das/os trabalhadoras/es em educação, os deputados federais Ronaldo Lessa (PDT) e Paulão (PT), que demonstraram apoio à reivindicação de votar contra as reformas antitrabalhador e anti-Brasil, e o também deputado Nivaldo Albuquerque Neto (PRP), que, abordado, disse que iria votar “pela minha consciência”, saindo rapidamente do local da manifestação.

Os senadores Fernando Collor (PTC) e Renan Calheiros (PMDB), e os deputados federais Arthur Lira, Rosinha da Adefal e o ora ministro Maurício Quintella (Transportes), que poderá reassumir o mandato para votar favorável às reformas de Temer (já declara abertamente isso), preferiram sair pela “porta-dos-fundos” do aeroporto à encarar o protesto do Sinteal.

“Estamos aqui, mais uma vez, no aeroporto para realizar um protesto público contra as reformas de Michel Temer e para tentar um contato com deputados e senadores de Alagoas, cobrando um posicionamento quanto ao voto de cada um deles em relação a essas reformas. Enquanto representantes eleitos pelo voto popular, os parlamentares não podem votar e trair a população e os trabalhadores e trabalhadoras atingidos por essas reformas. E eles que fiquem atentos porque, em 2018, as urnas vão dar a resposta a quem ficar contra a população brasileira”, disse a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia

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