Economia
R$ 600 milhões: Alagoas foi o sétimo estado que mais investiu em 2016
Estudo inédito da Firjan mostra que a situação fiscal do estado, apesar da dívida com a União, é uma das melhores do Brasil
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro publicou em abril o estudo “A Situação Fiscal dos Estados Brasileiros”.
Com metodologia própria, o índice Firjan compara quatro indicadores principais: Gasto com Pessoal, Dívida, Disponibilidade de Caixa e Investimento, todos como proporção da receita corrente líquida do estado.
Grosso modo, a fórmula é simples. Os técnicos da Firjan comparam quanto cada estado gastou proporcionalmente e qual o peso da dívida de cada unidade da federação, para ao final estabelecer um indicador de ponta cabeça: os piores estão no topo.
Segundo o estudo (veja tabela), Alagoas está entres os cinco estados que tem dívida acima de 100% da Receita Corrente Líquida – lembrando que a RCL é tudo que o estado arrecada, exceto os repasses para os municípios.
Apesar do alto grau de endividamento, Alagoas aparece em 22o lugar no ranking da crise. Na “leitura inversa” o estado é o quinto melhor em saúde financeira segundo o estudo. Os piores estados, são Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
O índice Firjan, que vai da pior para a melhor situação, foi elaborado com dados de 2016. No geral, Alagoas aparece em 22o lugar. Considerando a RCL o estado aparece em 26° nos gastos com pessoal (45,9%), em 5° lugar na dívida (102,9%), em 21° na disponibilidade de caixa (20,0%) e em 20° em investimentos (6,8%).
Investimentos
Entre os estados Alagoas que realizou, proporcionalmente, o 7o maior investimento no ano passado. O secretário Fazenda, George Santoro, revela que em 2016 os investimentos com recursos próprios foram de cerca de R$ 300 milhões. “Se considerados os investimentos totais, incluindo os convênios com a União, os investimentos somaram mais de R$ 600 milhões”, aponta.
Para esse ano, a expectativa, avisa o secretário da Fazenda, é ampliar os investimentos do Estado. “Planejamos melhor e organizamos as finanças. Assim, os investimentos, especialmente em obras de infraestrutura, saúde, educação e segurança vão ganhara celeridade”, avalia.
No índice Firjan, Ceará (11,1%), Bahia (11%) e Piauí (10%) foram os estados que realizaram proporcionalmente os maiores investimentos. Todos os outros investiram menos de 10%. Um detalhe importante é que esses três estados recorrem a novos empréstimos para fazer os investimentos. Em Alagoas, George Santoro diz que a orientação é usar apenas recursos próprios: “depois a conta chega”, explica.
Acesse aqui a publicação da Firjan, na íntegra: