Economia
Brasil exporta 21% mais carne em fevereiro
O crescimento chegou a 18% em volume e de 23% na receita no acumulado dos dois primeiros meses do ano
As exportações totais de carne bovina (in natura e processada) totalizaram 120.654 toneladas no mês de fevereiro de 2018. O resultado representa um crescimento de 21% (em volume) na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando haviam sido embarcadas 99.569 toneladas para.
Em termos de receita, a expansão somou 22%, passando de US$ 394,5 milhões para US$ 482,4 milhões. O crescimento chegou a 18% em volume e de 23% na receita no acumulado dos dois primeiros meses do ano, com um total de 244.364 toneladas exportadas e receita de US$ 1 bilhão.
De acordo com informações da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), os resultados foram positivos apesar do boicote russo, que havia sido um dos principais clientes do País em 2017 e resolveu embargar o produto brasileiro em dezembro do ano passado. Para a entidade, estes números são um bom prognóstico para o comportamento do setor exportador de carne bovina em 2018, quando se espera um crescimento na movimentação e na receita ao redor 10%, com a volta de clientes tradicionais como os russos e abertura de novos mercados na Ásia.
“Esta evolução continua sendo ditada pelas compras chinesas: uma das portas de entrada do produto brasileiro naquele país, a cidade estado de Hong Kong, elevou suas importações em fevereiro em 72% e o continente em 31%. No total, foram 117.006 toneladas exportadas para aquele mercado que responde por quase 40% das exportações brasileiras. O Egito voltou com força a comprar do Brasil e adquiriu 28.327 toneladas, contra 10.573 toneladas em fevereiro de 2017, crescimento de 167,9%. Outro aumento importante foi observado nas importações dos países da União Europeia: Alemanha (+ 92,5%); Países Baixos (+35%); Itália (+29%); Espanha (+75%) e Reino Unido (+11%). O Chile também incrementou suas importações em 68%”, aponta a Abrafrigo.
O ranking dos estados que mais movimentaram a carne bovina (in natura e processada) tem na primeira posição São Paulo (25%); seguido por Mato Grosso (18%); Goiás (14%); Mato Grosso do Sul (10%) e Rondônia (9,6%). As informações compiladas pela Abrafrigo são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da Secex/Decex.