Economia
Consumo das famílias Alagoanas diminui em Fevereiro
O consumo recuou 0,8% em fevereiro, segundo pesquisa sobre o Índice de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió realizada pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O período festivo que demandou a aquisição de alimentos, bebidas, viagens e serviços hoteleiros não foi suficiente para elevar o consumo das famílias.
A queda no consumo em relação a janeiro tem como uma das causas o fato de que a capital alagoana é forte nas prévias, mas durante o carnaval, acaba se esvaziando com o efeito migratório do período para regiões mais animadas (no interior e em outros estados), não sendo o consumo compensado por àqueles que permaneceram na cidade.
Quando comparado a fevereiro de 2017, a redução é maior, 20,53%. Para o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, a explicação ainda reside sobre as incertezas frente ao emprego. “Embora os setores de Serviços e da construção civil tenham gerado empregos em janeiro (998 e 362, respectivamente), o mês ainda terminou com um saldo negativo de 2.189 postos de trabalho”, observa.
E como renda tem relação direta com consumo, essa realidade acabou repercutindo em outros subindicadores. De acordo como levantamento, o número de consumidores que disseram ter aumentado a incerteza quanto à manutenção do emprego atual subiu 1,2% em relação ao registrado em janeiro. Houve recuo (0,1%) também entre os que disseram acreditar menos em progressões profissionais e no aumento de salários ao longo do ano. “E se houve redução no número de postos de trabalho, aumentou a sensação de que a renda atual, tanto familiar quanto individual, está menor”, afirma o economista. Confirmando essa informação, a pesquisa aponta que 0,9% dos entrevistados têm a ideia de que sua renda encolheu.
Apesar disso, o consumidor maceioense teve a impressão de que o acesso ao crédito esteve mais fácil em fevereiro, permitindo a contratação de empréstimo ou a utilização de instrumentos financeiros para compras a prazo. “A pesquisa sobre o endividamento e inadimplência demonstrou que diminuiu o número de consumidores inadimplentes. Com a saída da inadimplência, o consumidor fica sem impedimento financeiro para utilizar esses meios de consumo, por isso, a sensação de estar mais fácil o acesso”, explica Felippe. Mesmo assim, o consumo atual foi 0,1% menor do que em janeiro.
Mesmo com esse cenário, o maceioense acredita que irá a consumir mais, pois houve elevação de 4,6% neste subindicador. Já quando se fala em adquirir bens duráveis, foi observada uma queda de 11% nas intenções de compras.