Economia

Uma “boa notícia”: AL perde apenas 7 mil empregos formais em março

Com o encerramento da safra de cana-de-açúcar, as usinas desligam os trabalhadores temporários

Por Redação com www.edivaldojunior.com.br 24/04/2018 13h01
Uma “boa notícia”: AL perde apenas 7 mil empregos formais em março

O Ministério do Trabalho (MTE) divulgou, na última sexta-feira, 20, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cegad) de março de 2018. No mês foram fechados quase 7 mil empregos com carteira assinada. 

Foi o segundo pior resultado do país no período – ainda assim é o melhor resultado para o mês de março no Estado nos últimos anos. Segundo o Caged, foram registradas 7.100 admissões e 14.099 desligamentos em Alagoas, um saldo de -6.999 vagas.

E o que pode ter de “bom” nesses números?

Em Alagoas, segundo o Caged, o maior saldo negativo, de -7.367 empregos, se deu no setor da Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, em outras palavras o setor sucroalcooleiro.

As demissões no setor são sazonais. Com o encerramento da safra de cana-de-açúcar, as usinas desligam os trabalhadores temporários. Afora as usinas, somente o setor da Agropecuária, que também sofre os reflexos do encerramento da moagem, registrou saldo negativo (-223).

Nos demais setores, o saldo foi positivo: Serviços de Utilidade Pública (8), Comércio (67), Serviços (209) e Administração Pública (2). O destaque vai para o setor da Construção Civil que fechou março com saldo positivo de 299 vagas.

A reação na construção civil é gradual. Em março de 2017, o setor fechou com saldo negativo de -279 vagas e uma saldo negativo de -5.093 vagas no acumulado de 12 meses. Em março de 2018, o saldo ficou positivo pelo terceiro mês seguido, fechando o primeiro trimestre do ano com saldo positivo de 945 vagas. No acumulado em 12 meses o saldo negativo caiu para -1.074 vagas. Percebe? É lenta, mas é uma retomada sim de um dos setores que mais geram empregos em todo o país.

Acumulado em 12 meses

Como em qualquer outro mercado o mais importante, para efeito de comparação, é observar sempre os números dos últimos 12 meses, indicador que mostra a evolução de cada setor ao longo do ano. A tabela do Caged de março de 2018 aponta para um saldo negativo, em Alagoas, de -2,553 empregos em 12 meses.

É um resultado melhor do que o dezembro do ano passado, com -8.255 vagas ou do que os 12 meses encerrados em março de 2017, que ficou negativo em -15.940 (veja tabelas).

Os números confirmam que a pior fase está passando. Alagoas, assim como ocorre hoje no Brasil, deve voltar a registrar saldos positivos na geração de empregos. É torcer e esperar. 

Resultado no Brasil

O mês de março registrou a abertura de 56.151 novos postos de trabalho no Brasil, um aumento de 0,15% em relação ao estoque de fevereiro. O resultado é decorrente de 1.340.153 admissões e de 1.284.002 desligamentos. Os dados estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado nesta sexta-feira (20).

Das cinco regiões, três apresentaram saldos positivos no emprego. O melhor desempenho foi no Sudeste, que teve um acréscimo de 46.635 postos. O Sul teve aumento de 21.091 vagas formais, seguido do Centro Oeste, que criou 2.264 novos postos. Os desempenhos negativos foram registrados no Norte (-231 postos) e no Nordeste (-13.608 postos).

Entre as unidades da federação, 15 estados e o Distrito Federal registraram variação positiva no saldo de empregos e 11 estados, variação negativa. Os maiores saldos de emprego ocorreram em São Paulo (+30.459), Minas Gerais (+14.149), Rio Grande do Sul (+12.667), Paraná (+6.514), Goiás (+5.312) e Bahia (+4.151).

Os menores saldos de emprego ocorreram em Pernambuco (-9.689), Alagoas (-6.999), Mato Grosso (-3.018), Sergipe (-2.477), Pará (-787 empregos) e Mato Grosso do Sul (-646).

Para ver a análise completa do Caged nacional, acesse a página do Ministério do Trabalho: http://trabalho.gov.br/component/content/article?id=5752