A chegada de 12 novos empreendimentos deve gerar pelo menos 10 mil novos empregos em Alagoas. A estimativa é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), que fez o balanço dos investimentos no setor produtivo nesta sexta-feira, 25, quando se comemora o Dia da Indústria.

O Rafael Brito, avalia que Alagoas trabalha na prospecção de novos empreendimentos, mesmo num momento de dificuldades na economia nacional. De acordo com o secretário da Sedetur, nos últimos anos já foram inauguradas 15 indústrias incentivadas pelo governo do estado, gerando um total de mais de 30 mil vagas de empregos.

“Em processo de instalação, Alagoas conta com hoje 12 empreendimentos no setor industrial, que somarão mais de 10 mil novas vagas de trabalho no mercado”, explica Brito. Uma das empresas a ser inaugurada em Alagoas nas próximas semanas é a BHR, que já funciona com 120 operários. “Após sua ampliação o quadro total da empresa chegará a 400 postos de trabalho”, afirma o secretário.

A BHR é a a primeira indústria da América Latina a produzir sulfeto de sódio e irá fortalecer a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) no estado, formada por aproximadamente 80 empresas e mais de 15 mil trabalhadores.

O diretor executivo da BHR, Alejandro Hita, diz que a escolha por Alagoas aconteceu em função da disponibilidade de matéria-prima e dos incentivos fiscais e locacionais concedidos pelo Estado, através da Sedetur e da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).

Estávamos entre nos instalar na Bahia, Curitiba ou Alagoas. Os incentivos concedidos pelo Estado e a qualidade da matéria-prima fornecida pela Braskem para nosso objetivo final destacaram-se em comparação com os outros lugares”, explica Alejandro.

Diferenciais competitivos

No atual cenário econômico, Alagoas possui o melhor incentivo fiscal do Nordeste (NE). Após ser reformulado em 2017, o novo Programa de Desenvolvimento Integrado (Prodesin) oferece desconto de até 92% de ICMS em todo território, na saída de produtos industrializados.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra, a melhora nos indicadores nacionais auxiliará no crescimento industrial no estado.

“Alagoas está preparado para o desenvolvimento. A modernização dos polos industriais de Maceió e Marechal Deodoro; os arranjos produtivos locais; as obras de infraestrutura, como duplicação de estradas e saneamento básico; a moderna lei de incentivos fiscais; o início das obras de dragagem do Porto de Maceió e o fortalecimento da CPQP fazem de Alagoas um bom lugar para se investir”, avalia o presidente da Fiea.

Além do fortalecimento da CPQP, Alagoas vem diversificando sua produção e apresenta avanços no setor moveleiro. Isso é comprovado por meio da chegada da multinacional Duratex, que produz chapas de MDF e MDP, e é considerada empresa âncora por atrair outros empreendimentos.

Já o setor ceramista ganhou força após a instalação da gigante Portobello, que conta com investimento de mais de R$ 210 milhões. Desempenhando papel de âncora, a Portobello vem atraindo a atenção de novos investidores desse setor. Um deles é a Esmalglass, produtora de esmalte para cerâmica, que conta com investimento total de R$ 45 milhões.

De acordo com o secretário do Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado, Rafael Brito, os diferenciais competitivos oferecidos em Alagoas já resultam em indicadores positivos e atraem a atenção de investidores.

“Alagoas vem provando todo seu potencial econômico com a atração de grandes empreendimentos, além disso as melhorias na infraestrutura, segurança e política fiscal têm colocado o Estado entre os melhores lugares para se investir. Os dados evidenciam isso: as exportações cresceram 58,01 % em 2017, quando comparado ao ano anterior; sem falar na expansão do varejo que marcou 7,7%, percentual muito superior ao do Brasil, que ficou em 2%. É por meio do trabalho integrado, visando melhorias em diferentes áreas, que é possível alcançar bons resultados e prospectar novos negócios, gerando novas oportunidades de emprego para a população”, afirma Rafael Brito.

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