Economia
Consultoria vai auxiliar empresas de AL no processo de importação
A proposta da Fecomércio é possibilitar ao empresário a aproximação com o mercado internacional
A internacionalização dos negócios é uma alternativa para a expansão dos negócios, mas requer conhecimento das empresas para que tenha, de fato, um bom custo-benefício. Para estimular esse processo, a Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) lançou o projeto ‘Sua empresa mundo afora – fazendo bons negócios’, ontem (12/07), no Senac Poço. À noite, foi realizado o lançamento em Arapiraca, às 19h30, na Mil Graus Pizzaria.
Para Wilton Malta, presidente da entidade, a iniciativa reflete uma demanda do mercado. “Esse encontro surgiu de uma provocação do próprio mercado e, desde o ano passado, realizamos encontros com esse foco. É importante dinamizar a economia”, disse.
A proposta da Federação é possibilitar ao empresário a aproximação com o mercado internacional, auxiliando – por meio de uma consultoria – a viabilizar a importação de produtos. De acordo com a assessora técnica, Izabel Vasconcelos, a consultoria é destinada ao varejo, ao atacadista e a alguns serviços e teve o cronograma desenvolvido a partir da expertise de uma empresa alagoana que está há 15 anos no mercado. Serão quatro meses de orientação e acompanhamento, preparando as empresas a ingressarem nesse mercado.
“A gente sabe que o cliente hoje entra no Estado e quer uma coisa nova; é movido por isso. Mas com esse universo tecnológico, o comércio daqui a 10 anos não terá o formato que tem hoje. A forma de compra desse consumidor está mudando e uma dessas exigências é por produto inovador e a importação auxilia nisso”, ponderou Izabel.
Na consultoria, serão abordados pontos como orientação sobre o processo de importação; identificação e desenvolvimento de produtos; análise da viabilidade da operação de importação; enquadramento perante os órgãos licenciadores e classificação fiscal das mercadorias.
A assessora explica que esse estímulo à internacionalização não reflete num enfraquecimento da industrialização, pois o Estado já tem uma postura de importar produtos de outras unidades da federação. “A gente sabe também que tem que preservar a indústria local e preservar empregos. Mas Alagoas, por sua natureza, importa de outros estados. Embora a gente já tenha avançado na industrialização, o varejo ainda demanda muito de outros estados. E é nesse espaço que temos que buscar a internacionalização de novos produtos”, afirmou Izabel, complementando que a entidade promoverá, em outubro, uma Missão Internacional à China visando a Feira de Cantão. Quanto ao investimento para a consultoria, a assessora explica que dependerá do perfil buscado pela empresa. “A gente tem um cuidado de não onerar essa operação para tornar viável a importação”, assegurou.
Consultoria
A consultoria será realizada por Luizandré Barreto, da LBSN Gestão Corporativa e Comex. Com a experiência de quem trabalha com importação desde 2003, o especialista assegurou que Alagoas é o Estado com a melhor condição para importação, tanto que atualmente, dos 180 importadores que atuam por aqui, 90% são empresas de fora. “Basta observar os incentivos de estados como Pernambuco, Paraíba, São Paulo e Rio Grande do Sul para perceber que, quando comparado os benefícios desses estados com os de Alagoas, o nosso apresenta as melhores condições”, assegurou.
Mas, para que esses benefícios sejam realmente sentidos, é preciso conhecimento para fazer crédito e operacionalizar os impostos para compensar na relação custo e benefício.
Luizandré aponta como vantagens desse processo: variedade de produtos, menor preço, qualidade do produto e se beneficiar das regras que o país importador tem a proporcionar. Além disso, traz como oportunidades o acesso a novo produtos para aumento do mix; o acesso ao que cada país tem a oferecer, observando a relação produto, qualidade e preço. Na visão do especialista, a soma desses fatores contribui para que o empresário tenha uma boa margem financeira. “Hoje o comerciante que trabalha no comércio varejista tem sua margem apertada. Em países menores que o nosso, importa-se com muita frequência, na mesma proporção que a gente compra de SP. Pode ser que o processo seja mais simples do que no nosso país, mas nós podemos facilitar. O que se precisa criar é o hábito de trazer mercadoria. Quando sentir o gosto de trabalhar com uma margem mais folgada, não vai querer deixar de importar”, afirmou.
Mais informações sobre o projeto e a consultoria em: 3026-7200 | [email protected].