Economia
Comércio de Alagoas volta a abrir novas lojas após 4 anos
Após quatro anos de recessão, finalmente o varejo de Alagoas teve aumento líquido no número de lojas. Em outras palavras, abriu mais do que fechou.
Outros 14 Estados do Brasil tiveram saldo positivo e 13 fecharam o ano no vermelho – literalmente.
Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado recentemente (veja abaixo), o saldo de aberturas e fechamentos de lojas com vínculos empregatícios no comércio do Brasil em 2018 foi positivo, com 8,1 mil novos estabelecimentos comerciais.
O melhor resultado foi de São Paulo, com 3,8 mil novas lojas. O Rio de Janeiro teve o pior desempenho, com saldo negativo de -997 lojas.
Alagoas, segundo o levantamento voltou a registrar saldo positivo em 2018 – o primeiro desde 2015 – com a abertura de 189 novas lojas com vínculos empregatícios.
Apesar de sinalizar uma recuperação, o resultado do ano passado ainda não é suficiente para compensar o desempenho dos três anos anteriores.
De acordo com levantamento da CNC, Alagoas teve saldo negativo (soma entre abertura e fechamento) de -307 lojas em 2017, – 587 lojas em 2016 e – 812 lojas em 2015.
No ano passado Alagoas ficou no 11o lugar entre todos os Estados em desempenho no saldo real na abertura de novas lojas com vínculos empregatícios.
O levantamento, no entanto, não dá a dimensão real crescimento proporcional do setor por Estado. Percentualmente Alagoas deve ter crescido mais, por exemplo, do que Pernambuco que ficou em 9o com saldo de 259 lojas. Mas como o Estado não revela a base de comparação não dá para afirmar em que posição está ou estaria Alagoas no desempeno proporcional.
Nacional
O varejo nacional ganhou 8,1 mil novas lojas no ano passado e começa a reverter a redução sofrida entre os anos de 2015 e 2017, em que o setor acumulou fechamento líquido de 223 mil estabelecimentos comerciais por conta da recessão.
A abertura de novos empreendimentos está relacionada à recuperação da atividade econômica. A reação do setor se difundiu por todo o país. Em 15 das 27 unidades da Federação foram registradas mais aberturas do que fechamentos de estabelecimentos comerciais, destacando-se de forma positiva os Estados de São Paulo (+3.883), Santa Catarina (+1.706) e Minas Gerais +940), Mato Grosso (+785) e o Paraná, em quinto lugar, com 762 novas lojas.
Por outro lado, o Rio de Janeiro – responsável por 9% tanto do faturamento quanto da força de trabalho do varejo nacional – voltou a se destacar negativamente (-997). Ainda assim, nessa unidade da Federação, o fechamento líquido de lojas com vínculos empregatícios foi 83% menor do que o saldo de 2017 (-5.971).
Para 2019, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta crescimento de 5,8% no volume de vendas do varejo brasileiro. Levando-se em conta esse cenário e a defasagem existente entre o crescimento das vendas e a natural contrapartida na abertura de novos pontos de venda no varejo nacional, a expectativa da entidade é de que, ao fim deste ano, aproximadamente 23,3 mil novos estabelecimentos com vínculos empregatícios sejam abertos no setor. Confirmada essa expectativa, o ano de 2019 apresentará, portanto, o maior saldo de abertura de lojas desde 2013.