Economia
Empresas aéreas cancelam 50% dos voos para Maceió
Turismo e comércio devem ser as áreas mais afetadas pela pandemia do coronavírus em AL, diz secretário
Chegar e sair da capital de Alagoas por via aérea deve se tornar mais difícil a partir desta semana. A estimativa é de cancelamento de até metade dos voos para Maceió a partir desta quarta-feira, como reflexo da pandemia mundial do coronavírus.
No site da empresa que administra o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, a Aena, dos 23 voos previstos para a capital de Alagoas nesta quarta-feira, 18, estavam previstos 23 voos. Destes, pelo menos 3 voos para Recife tem cancelamento confirmado. Os outros voos ainda estavam classificados como ‘previstos’ até as 23h desta terça-feira, 17.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas, Rafael Brito, vem monitorando a evolução da crise econômica provocada pela pandemia nos principais setores do Estado: “já sabemos que as áreas mais afetadas serão a do turismo e a do comércio. Hoje a situação é bem mais preocupante. Da semana passada para semana para cá os cancelamentos (de reservas em hotéis) apareceram com força”, aponta.
O cancelamento de voos das empresas que operam em Alagoas, pondera, Rafael Brito, é um dos principais termômetros para a crise que começa a afetar o turismo em Alagoas: “na semana passada, as companhias informam que iam cancelar 30% dos voos. A partir desta semana, vão cancelar 50% e daqui a 15 dias pode chegar a 70% de voos cancelados. Os voos internacionais foram cancelados no Brasil inteiro. Hoje só temos 5% dos voos que estavam em operação há uma semana”.
O cancelamento da vinda de navios de cruzeiros para Alagoas também deve afetar o turismo. “Cancelaram tudo. Não para mais navio aqui mais de jeito nenhum. Agora só quando acabar crise”, afirma.
Vai passar
Rafael Brito, apesar do cenário de hoje, olha com otimismo o que vem depois da pandemia. “Estou preocupado, mais com o sentimento das pessoas, do que com impacto econômico. Mas acredito que tudo isso vai passar e espero que o quanto antes. Nossa expectativa é que dentro de 60 dias tudo volte a melhorar”, pondera.
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