Economia
Setor sucroenergético vive período de incertezas, afirma presidente da Asplana
Para Edgar Filho, o que vai impactar no preço do açúcar está na retração do consumo do produto no mercado mundial
Com o preço do açúcar e do etanol despencando, o setor sucroenergético atravessa uma fase delicada. Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas – Asplana, Edgar Filho, o momento para o mercado não é bom e vive um período de incertezas.
“Ainda esperamos o que vai acontecer. Não tivemos nenhum sinal de reação do mercado. Estamos na expectativa. Ao que parece, a safra de São Paulo deve ser adiada em uma ou duas semanas. Mas, isso não vai gerar impacto direto no preço no açúcar e do etanol. Pode haver sim, mudanças na questão de retirada da cana, chuvas, rebrotamento das socarias deles para o próximo ano e também no ATR”, afirmou Edgar.
Segundo o dirigente do setor canavieiro alagoano, como a safra da cana em Alagoas só tem início em setembro, “a esperança é que até lá apareça alguma vacina contra o coronavírus para que a situação possa se estabilizar e os mercados possam reagir, levando a uma retomada dos preços a partir de agosto. Essa é a nossa esperança e esperar o que está por vir”, ressaltou.
Para ele, o que vai impactar no preço do açúcar está na retração do consumo do produto no mercado mundial. “Se isso ocorrer, terá uma grande oferta para pouco consumo, havendo uma tendência de queda de preço”, esclareceu.
No caso do etanol, a queda do preço ocorre pela redução do preço do petróleo no mundo o que disparou o sinal de alerta para o segmento canavieiro. “Com as pessoas em casa, há também uma diminuição do consumo, já que eleas deixam de abastecer. Então, vai ter muito óleo no mercado. Com isso, o preço da gasolina baixa, deixando o etanol sem competitividade, havendo uma tendência de que fique inviável a produção”, afirmou o presidente da Asplana.