Economia
Fiea alerta para risco de demissão em massa na indústria de AL
Presidente da Federação das Indústrias de Alagoas faz apelo ao governo para que empresas voltem a funcionar no Estado
Responsável pela geração de mais de 70 mil empregos diretos em Alagoas – quase 30% da força de trabalho do Estado – a indústria de transformação corre risco de ‘quebrar’ se continuar impedida de funcionar por mais tempo, em função do Decreto de Emergência, que só liberou o funcionamento de serviços essenciais durante a pandemia do novo coronavírus.
O alerta foi feito pelo presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA). Segundo José Carlos Lyra de Andrade, existe risco de demissão em massa no setor, se as empresas não forem autorizadas a voltar a funcionar no Estado.
O presidente da Fiea, diz que reconhece a importância do isolamento social imposto pelo Decreto nº. 69.501, do governo estadual, que estabelece medidas para o enfrentamento da emergência de saúde pública provocada pelo novo coronavírus.
José Carlos Lyra, adverte, no entanto, “que o excessivo rigor acabe provocando danos sociais de efeito incalculável”. Lyra teme que a inatividade do setor produtivo tenha como maior consequência um abalo severo nas finanças das empresas, obrigando-as a adotar medidas drásticas de contenção de despesas após o longo período de máquinas paradas. “Não podemos fechar tudo. Há que se permitir o funcionamento das indústrias, assegurando que seus trabalhadores estejam protegidos”, defendeu.
Riscos
Sem a retomada da produção, “o remédio será pior que a doença”, adverte o presidente da Fiea, acrescentando que “que é preciso combater o vírus, sem arruinar a economia e, consequentemente, o país.”
“Temos que pensar agora como ficaremos quando tudo isso passar. Quem vai pagar a conta do desemprego provocado pelo fechamento de empresas? Ninguém pode ignorar que vai sofrer, como sempre, quem ficará sem trabalho!”, afirma Lyra, ressaltando sua preocupação com medidas extremadas no combate ao coronavírus.
Em Alagoas, o possível aumento das taxas de desemprego, causado pela suspensão da atividade econômica, “poderá resultar no aumento dos índices de violência, no agravamento da pobreza”, acrescenta.
O que temos que pensar é que as empresas não estão produzindo. Se não produzem não têm receita, e assim não têm como pagar seu pessoal. Não é o que queremos! Portanto, apelamos para que as ações de enfrentamento ao coronavírus não impliquem em prejuízos e riscos à indústria!”, declarou José Carlos Lyra.
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