Economia
Levantamento revela que 38% dos trabalhadores da Região Nordeste não fizeram home office na última semana
Pesquisa da marca Ticket com 7 mil pessoas revela que maior fatia de empregados não conta com política de trabalho remoto até o momento
Pesquisa da marca Ticket com 7 mil pessoas revela que maior fatia de empregados não conta com política de trabalho remoto até o momento; dos que fazem, 18% destacaram o sentimento de proteção por estar em casa.
Ticket é uma marca de benefícios de refeição e alimentação, realizou um levantamento entre 20 e 22 de março, com mais de 7 mil usuários de seus benefícios, como o Ticket Restaurante e o Ticket Alimentação, em todo o Brasil. Na oportunidade, os empregados foram questionados sobre como a empresa em que trabalham está se adaptando para manter suas atividades, mesmo diante desta crise global de saúde. No recorte da Região Nordeste, destaca-se o fato de que 38% dos entrevistados revelaram que o seu local de trabalho não conta com uma política de home office, e que não aderiram a prática até o momento.
Já para 32%, a empresa em que atuam já contava com uma política de home office, mas que houve modificações em razão dos casos do novo coronavírus no País; 21% relataram que sua empresa não contava com uma política, mas que passou a adotar o sistema na última semana; e 9% responderam que já contavam com um modelo de trabalho remoto, mas que não houve modificações em razão do novo coronavírus.
A pesquisa ainda revela outros dados relacionados à rotina, entre eles aspectos positivos como: 12% dos participantes destacaram como benefício não ter de perder tempo no deslocamento ao trabalho com o transporte público; outros 12% gostam de estar próximos da família; 10% o desafio de uma nova forma de trabalho; 9% apontaram a flexibilidade de horário; e 9% o conforto.
Já nos aspectos que os deixam insatisfeitos no trabalho a distância, os empregados apontam o isolamento (19%), o fato de não ter tanta informação da empresa (17%), o distanciamento dos colegas (16%) e a distração durante o dia (12%). Para 14%, é ruim porque não contam com uma estrutura em casa para o trabalho remoto; 8% destacaram o baixo nível de networking e 6% disseram que estão trabalhando mais em casa do que quando estão na empresa.
"Fomos ouvir os empregados que fazem parte da nossa base de usuários e que utilizam nosso aplicativo em smartphones como uma forma de mostrar o cenário do trabalho remoto dos brasileiros na última semana. No Nordeste, percebemos certo equilíbrio entre os empregados que trabalharam remotamente na última semana, com os que não. Esse cenário deve mudar nos próximos dias. Ainda no recorte local, chama atenção o fato de que 18% dos que já estão em esquema de home office manifestaram o sentimento de proteção por estar em casa, algo muito positivo para a população que lida com um fato novo, e que mobiliza o mundo inteiro", destaca o Diretor-Geral da Ticket, Felipe Gomes.
As ferramentas mais utilizadas pelos empregados da Região Nordeste no trabalho remoto são: os grupos do WhatsApp e aplicativos de conversa (24%); a troca de e-mails (17%); ferramentas existentes na empresa (10%); notebook (9%); vídeochamadas e ligações pontuais (9%); reuniões diárias por vídeochamadas (7%); telefone digital instalado no computador (3%); e em alguns casos, não há um procedimento definido (7%); ou utilizam outras ferramentas (2%).
Dos trabalhadores da região que estavam em esquema de home office na última semana, 28% são da Bahia, seguidos de: 22%, de Pernambuco; 17%, do Ceará; 8%, da Paraíba; 8%, no Rio Grande do Norte; 6%, de Alagoas; 5%, do Maranhão; 3%, do Piauí; e 3%, de Sergipe. Para 48%, a política de home office foi instituída para toda a organização na última semana; já para 23%, foi aplicada somente para pessoas consideradas do grupo de risco; para 14%, apenas para colaboradores diretos; 1% para os casos de retorno de viagem; e 14% relataram outras questões.
O levantamento também mostra que 56% dos profissionais que estiveram em trabalho remoto são de organizações com mais de 500 funcionários, e o setor que já se destaca na adesão da modalidade é o de serviços gerais.
Dos trabalhadores que apontaram não estar trabalhando em home office, 53% são de empresas com mais de 500 funcionários, com destaque para o setor de serviços, entre eles, os essenciais, como segurança e limpeza, seguido da área da saúde, como clínicas, hospitais e planos de saúde.
Nas respostas desses trabalhadores, ainda que não estejam trabalhando em casa, as empresas implementaram medidas em relação ao novo coronavírus, como: 30% revelaram receber informações sobre os sintomas e dicas de prevenção; 25% destacaram reforços na limpeza geral; 12% relataram medidas como alteração de horários das equipes; 10% que aumentaram a distância entre as pessoas no trabalho; 7% falaram de reforço no canal interno de saúde; e 10% destacaram o fato de não ter sido implementada nenhuma medida.