Economia
Milhares de empregos estão ameaçados no comércio de Alagoas
Somente no Centro de Maceió 1.700 trabalhadores serão demitido; Aliança Comercial e Fecomércio lamentam fechamento de lojas até 20 de abril
De portas fechadas, empresas do setor de comércio e serviços de Alagoas já estão começando a demitir colaboradores. Somente no Centro de Maceió, mais de 1,7 mil trabalhadores devem perder seus empregos nos próximos dias, segundo nota da Aliança Comercial.
Também em nota, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) avisa que “como consequência (do decreto do governo do Estado que mantém as lojas do comércio fechadas até 20 de abril), o desemprego, que já alcança 13,6% dos alagoanos, certamente aumentará.”
A Fecomércio e a Aliança Comercial lamentaram, através de nota, a manutenção das restrições de funcionamento das empresas no novo (N° 69.624) do governo do Estado que prorroga as medidas preventivas e de enfrentamento ao novo coronavírus em Alagoas.
O setor de comércio, com exceção dos segmentos considerados essenciais, seguem de portas fechadas desde 20 de março até 20 de abril. O prejuízo com a medida, segundo das entidades que representam o setor em Alagoas será de R$ 1,6 bilhão.
“O setor Terciário (Comércio e Serviços) representa, em Alagoas, 49% do PIB, sendo responsável por empregar 66% dos trabalhadores celetistas e por 83,33% dos empreendimentos existentes, respondendo por 44% da arrecadação do ICMS no Estado. Com uma participação tão ativa na economia, não há dúvidas de que uma paralisação massiva, embora voltada a um bem maior, afeta os negócios e prenuncia uma recessão”, diz nota da Fecomércio.
Um levantamento da assessoria econômica da Fecomércio apontou que, excluindo serviços essenciais não afetados com a suspensão (eletricidade, água, gás, esgoto, alimentação e serviços de saúde privados), estima-se uma perda diária de R$ 53 milhões de reais nas atividades do Comércio e de Serviços. Com a prorrogação até o dia 20 de abril, o prejuízo acumulado será de R$ 1,6 bilhão.
Segundo a Fecomércio, o Community Mobility Reports (Relatório de Mobilidade da Comunidade)1, do Google, revela que, em Alagoas, houve queda de: 77% nas vendas e consumo por lazer; 79% nos estacionamentos; 76% nas linhas de ônibus; e 35% no ambiente de trabalho.
“Em contrapartida, as empresas continuam com compromissos financeiros a honrar e, embora medidas trabalhistas tenham sido anunciadas pelo governo federal, assim como normas tributárias nas esferas federal, estadual e municipal, tais iniciativas não serão suficientes para equilibrar as contas face ao desaquecimento de suas atividades. Como consequência, o desemprego, que já alcança 13,6% 2 dos alagoanos, certamente aumentará”, alerta a Fecomércio.
Veja a nota da Fecomércio-AL
Novo decreto mantém suspensa a abertura do comércio
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) lamenta a decisão do Governo do Estado em prorrogar, até o dia 20 de abril, a paralisação das atividades comerciais. A entidade reconhece o momento difícil pelo qual passa a sociedade e a importância de somar esforços no combate à pandemia do Covid-19. Entretanto, defende que é preciso encontrar um equilíbrio entre os interesses econômicos e sociais.
O setor Terciário (Comércio e Serviços) representa, em Alagoas, 49% do PIB, sendo responsável por empregar 66% dos trabalhadores celetistas e por 83,33% dos empreendimentos existentes, respondendo por 44% da arrecadação do ICMS no Estado. Com uma participação tão ativa na economia, não há dúvidas de que uma paralisação massiva, embora voltada a um bem maior, afeta os negócios e prenuncia uma recessão. Por isso, desde a publicação do Decreto Legislativo nº 6, no dia 20 de março, a Fecomércio posiciona-se frente ao governo contra a prorrogação do não funcionamento das empresas.
Um levantamento da assessoria econômica da Fecomércio já apontou que, excluindo serviços essenciais não afetados com a suspensão (eletricidade, água, gás, esgoto, alimentação e serviços de saúde privados), estima-se uma perda diária de R$ 53 milhões de reais nas atividades do Comércio e de Serviços. Com a prorrogação até o dia 20 de abril, o prejuízo acumulado será de R$ 1,6 bilhão.
O Community Mobility Reports (Relatório de Mobilidade da Comunidade)1, do Google, revela que, em Alagoas, houve queda de: 77% nas vendas e consumo por lazer; 79% nos estacionamentos; 76% nas linhas de ônibus; e 35% no ambiente de trabalho. Apenas o consumo residencial registrou aumento (17%). Embora os dados sejam sobre mobilidade urbana, refletem queda de consumo também, pois se as pessoas não podem circular nestes locais, deixam de movimentar a economia nestes ambientes.
Em contrapartida, as empresas continuam com compromissos financeiros a honrar e, embora medidas trabalhistas tenham sido anunciadas pelo governo federal, assim como normas tributárias nas esferas federal, estadual e municipal, tais iniciativas não serão suficientes para equilibrar as contas face ao desaquecimento de suas atividades. Como consequência, o desemprego, que já alcança 13,6% 2 dos alagoanos, certamente aumentará.
Por todo o exposto, a Fecomércio reitera que é preciso equilibrar os interesses da sociedade e do setor produtivo para que o desenvolvimento seja contínuo, criando oportunidade a todos.
José Gilton Pereira Lima
Presidente
Veja a nota da Aliança Comercial
A Aliança Comercial, vem a público, externar o seu total descontentamento em relação a decisão tomada pelo governador do estado em dar continuidade ao fechamento das lojas se estendendo até o dia 20 de abril, paralisando as atividades comerciais, comprometendo toda uma cadeia que já vem sentindo as dificuldades e a crise que assola toda a economia.
É bem verdade que precisamos enfrentar esta pandemia do Covid-19 que atinge o mundo inteiro, reconhecemos o momento difícil que atravessamos, mas se faz necessário encontrarmos meios onde possamos equilibrar os interesses econômicos e sociais.
Segundo dados o setor Terciário tem uma representatividade de 49% do PIB de Alagoas e é responsável por empregar 66% dos trabalhadores celetistas e por 83,33% dos empreendimentos existentes, respondendo por 44% da arrecadação do ICMS no Estado.
Ainda com dados de um levantamento realizado, estima-se uma perda diária de R$ 53 milhões de reais nas atividades do Comércio e de Serviços. Com a prorrogação até o dia 20 de abril, o prejuízo acumulado será de R$ 1,6 bilhão.
Diante disso estima-se uma perda de mais de 1.700 empregos,apenas no centro de Maceió conforme pesquisa feita pela Aliança.
Mediante ao que aqui foi exposto, a Aliança Comercial, se contrapõe a decisão do governador e solicita que haja o bom senso entre as partes.
Não há desenvolvimento sem trabalho e todos merecem e devem estar juntos nesta caminhada.
José Guido Jr.
Presidente da Aliança Comercial
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