Economia
Abaixo de R$ 5,16 Dólar cai mais de 1% e Bolsa tem alta de quase 3%
Investidores continuam esperançosos sobre alguma estabilização no ritmo de contágio do Covid-19
O dólar comercial caía mais de 1%, e a Bolsa de Valores subia hoje. Por volta das 15h30, a moeda norte-americana se desvalorizava 1,39%, a R$ 5,156 na venda, após passar a manhã em alta. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, ganhava 2,85%, a 78.533,06 pontos. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Investidores continuavam esperançosos sobre alguma estabilização no ritmo de contágio do novo coronavírus. Incertezas persistentes sobre os efeitos da pandemia nas economias, contudo, atenuavam a euforia do começo da semana.
Detalhes sobre decisões do BC dos EUA Os mercados aguardam a ata da reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse hoje que o governo fará ainda nesta semana um anúncio conjunto com o Fed de novas medidas de estímulo à economia.
Investidores de todo mundo estarão atentos ao documento em busca de sinais do efeito econômico da pandemia de coronavírus, bem como de pistas sobre os próximos passos do banco central norte-americano diante da crise de saúde. A queda do dólar se acelerou após a divulgação da ata do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos).
O documento mostrou detalhes de como as autoridades do balanço lançaram um plano de resgate econômico sem precedentes em tempo recorde no mês passado, conforme a pandemia se espalhava. Em uma questão de poucas semanas foram tomadas decisões que podem formatar a economia global por décadas.
Em reuniões emergenciais, o Fed cortou as taxas de juros para zero, ampliou o acesso a dólares por bancos centrais estrangeiros, inclusive do Brasil, e retomou a forte compra de ativos.
Atuação do BC brasileiro
O Banco Central informou nesta quarta-feira realização de leilão de swap cambial tradicional entre 11h30 e 11h40 desta sessão, com oferta líquida de até 10 mil contratos distribuídos entre 01/06/2020 e 04/01/2021. É o segundo dia consecutivo que o BC anuncia oferta de novos swaps cambiais tradicionais —derivativo cuja venda equivale a uma injeção de liquidez no mercado futuro de câmbio. O BC vendeu 5.930 contratos, ou US$ 297 milhões.
* Com Reuters