O jornalista Edivaldo Junior publicou em seu blog, na terça-feira (28), as ações que a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal) esta tomando neste cenário de crise. Arsal é um dos poucos órgãos públicos do Estado que continuam funcionando normalmente durante a situação de emergência.

Os servidores do órgão atuam, nas ruas, na fiscalização do transporte intermunicipal, que continua proibido até 5 de maio em todo o Estado. Essa é no momento a tarefa mais “espinhosa” da agência, que tem a frente o ex-deputado estadual Ronaldo Medeiros.

Nesta terça-feira, a Arsal anunciou uma redução de 9,2% no preço do gás canalizado em Alagoas. A partir de 1º de maio, o preço do gás natural canalizado em Alagoas terá uma redução de 9,2%, o que corresponde a R$ 0,13 (treze centavos) a cada metro cúbico (m3) consumido.

O novo valor a ser praticado pela Gás de Alagoas S.A (Algás) foi aprovado pela Arsal em Reunião Extraordinária de Colegiado, nesta terça-feira (28), na sede da Agência, por videoconferência.

Outra boa notícia também deve ser dada nos próximos dias. A Arsal está analisando o pedido de reajuste nas tarifas de água em Alagoas. Segundo informações de técnicos da Casal, a companhia está pleiteando um reajuste entre 5% e 7%.

Confirmada essa decisão, será a primeira vez em a Arsal deixará de aprovar reajustes para a tarifa de água. Nos últimos anos, as tarifas sempre tiveram reajustes bem acima da inflação, penalizando mais de 650 mil usuários.

Canalizado

No caso do gás canalizado, segundo Medeiros, a redução de preços foi feita após uma avaliação: “a agente analisa as contas da empresa, o custo de gás, outros insumos, mão de obra, tudo. Somente depois de toda a verificação tudo é que a Arsal decide pelo reajuste de preço. É uma grande responsabilidade. Nesse caso da Algás, a gente decidiu por essa redução depois de analisar o cenário, o preço internacional, o preço local”, aponta.

De acordo com a Arsal, a redução irá beneficiar mais 23 mil proprietários de veículos que utilizam o Gás Natural Veicular (GNV) além de consumidores residenciais, postos automotivos, comerciais, industriais e cogeração (gás usado para gerar energia elétrica), em municípios como Maceió, Arapiraca, Atalaia, Marechal Deodoro, Penedo, Pilar, Santa Luzia do Norte, São

Apoio

Para os permissionários, a contrapartida é pequena – mas é o que Arsal pode dar no momento. Vai da suspensão dos pagamentos da taxa de permissão, suspensão dos pagamentos de parcelamentos e a distribuição de cestas básicas para motoristas e cobradores.

“Estamos sugerindo ao governo outras medidas, que podem amenizar a crise para os permissionários, a exemplo da redução da carga tributária, abertura de linhas de crédito e manutenção da distribuição de cestas básicas enquanto durar a proibição do transporte intermunicipal”, aponta Medeiros.