Economia
O setor privado não aguenta mais ficar fechado em AL, diz presidente da FIEA
José Calos Lyra, alerta para ricsco de desemprego e fechamento de empresas
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), José Calos Lyra defende a reabertura de todos os setores da economia que estão fechados em Alagoas. Se as empresas continuarem fechadas, alerta o empresário, o risco de quebradeira e desemprego vai aumentar muito no Estado.
O alerta é o segundo feito pelo líder empresarial. Em março, quando o governo do Estado publicou o primeiro decreto de situação de emergência, logo no início da pandemia, José Carlos Lyra chamou a atenção para “o risco de demissão em massa na indústria de Alagoas”. No decreto seguinte, no início de abril, o Governo de Alagoas autorizou o pleno funcionamento do setor industrial no Estado.
Agora, o apelo é dirigido principalmente para a reabertura dos setores do comércio e serviços. “O setor privado não aguenta mais ficar fechado. Vai ter empresas que, se continuarem fechadas, não abrem mais. E aí, o desemprego? Você vai ter um remédio que vai matar mais que a doença, porque o desemprego já está causando suicídio, estresse e um monte de problemas pessoais dos que estão isolados e na iminência de perderem os seus empregos”, afirmou Lyra em entrevista a Gazeta de Alagoas Digital.
“Nós propugnamos para que seja feita uma reabertura da economia, pautadas e tomadas as devidas medidas sanitárias, para que a economia volte a evoluir e não tenhamos um desastre de desemprego e fechamento de empresas”, acrescentou o presidente da FIEA.
José Calos Lyra disse que compreende a ansiedade e, principalmente, a necessidade do retorno das atividades comerciais, mas destacou a importância de se ter um planejamento para o retorno. E defende a necessidade de trocar informações e experiências com os demais estados para se copiar e aplicar o que deu certo.
Para José Carlos, já existem iniciativas, nos estados que iniciaram anteriormente a flexibilização do isolamento social. E é com base em informações repassadas pelo próprio Governo alagoano, que tem divulgado estruturas para o atendimento que o industrial acredita que estão sendo criadas as condições para o retorno.
“Eles aplicaram logo as medicações e não se deixou avançar tanto a doença para os quadros de UTI. O Mato Grosso do Sul, o Paraná e Santa Catarina são exemplos que tomaram providências diferentes. E até mesmo aqui, agora, o Governo já está fazendo isso, com distribuição de medicamentos nos Centros de Síndromes Gripais, para se evitar que a doença chegue até o hospital”, disse Lyra á Gazeta Digital
“Isso dá uma certa segurança para que se possa abrir a economia e a gente possa começar a reaquecer o setor empresarial. O comércio está sofrendo tremendamente. Eles estão desesperados”, acrescentou o presidente da FIEA, que disse apoiar o escalonamento da reabertura dividido em faixas.
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