A decisão será tomada pelo governo de Alagoas até a próxima segunda-feira, 22, quando termina a validade do atual decreto de situação de emergência em Alagoas. A expectativa, inclusive de auxiliares diretos do governador Renan Filho, é que a reabertura de setores da economia que continuam fechados no Estado, especialmente serviços e comércio, seja iniciada começa no próximo dia 23, quando entra em vigor um novo decreto.

Os números dos últimos dias apontam para uma estabilização da curva de crescimento dos casos de Covid-19 no Brasil, em Alagoas e, principalmente em Maceió. Aliado ao achatamento da curva, a disponibilidade de leitos nos hospitais, deve ajudar para que o governo inicie a flexibilização.

Mas, segundo o blog do Edivaldo Junior, existe a possibilidade de que se mude a estratégia. Até agora todos os decretos de situação de emergência determinavam as mesmas regras de isolamento social para todo Estado. O governo pode seguir o modelo de São Paulo e autorizar a reabertura por cidades ou por regiões, dependendo da situação epidemiológica.

Com a evolução da Covid-19 em fases diferentes, em fase de crescimento no interior e perdendo força na capital, o governo pode decidir pelo início da reabertura gradual no sistema de cores (de vermelha a branca) por regiões. O que se espera, nesse caso, é começar por Maceió. No máximo pela região metropolitana da capital. Esse, ao menos, é o “sentimento” de vários auxiliares do governador Renan Filho.

Casos em queda

Em nota à imprensa a Associação Comercial de Maceió apresentou razões que justificariam a reabertura do comércio e serviços em Alagoas já a partir do próximo dia 23. Entre elas a queda nos indicadores de contágio e da taxa de letalidade.

Veja a nota:

Associação Comercial de Maceió, em razão de algumas manifestações inesperadas do Governo Estadual, pondo em incerteza a retomada gradual das atividades econômicas prevista para o próximo dia 22, vem a público se manifestar nos seguintes termos:

– Os indicadores de contágio entraram em descenso, a taxa de letalidade de Alagoas é uma das menores do país e o a taxa de ocupação dos leitos também caiu expressivamente, especialmente na rede privada;

– Pautados no cronograma firmado pelo próprio Governo, todos os estabelecimentos comerciais se organizaram em função do programa, estruturaram-se para atendimento a todas as exigências do protocolo sanitário, adequaram seus estoques, cessaram as suspensões dos contratos de trabalho de seus funcionários, tudo o quanto necessário para a retomada, vez que, cientes de sua responsabilidade social, estão prioritariamente preocupadas com as vidas e com a saúde da população;

– A Associação Comercial de Maceió sempre pregou a obediência civil às normas editadas pelos entes governamentais. Por isso mesmo, não pode aceitar qualquer ato que tenda ao descumprimento do programa estabelecido pelo próprio Governo ou que postergue a retomada para após o dia 22, o que somente agravará sobremaneira a crise por que passamos, tornará inevitável as demissões em massa, fechamento definitivo de diversas empresas, inviabilizará o recolhimento de tributos e, por conseguinte, gerará um rombo ainda maior nas contas públicas, tornando impossível o custeio basilar da própria saúde e dos vencimentos dos servidores.

Associação Comercial de Maceió

Galeria de fotos