Economia

Sesc lança protocolo de volta às aulas com medidas que sugerem o uso de espaços ao ar livre das escolas

Documento é público e destaca a importância de unir estudantes, docentes e pais na elaboração das medidas de segurança

Por Assessoria 17/07/2020 17h05
Sesc lança protocolo de volta às aulas com medidas que sugerem o uso de espaços ao ar livre das escolas
Imagem Ilustrativa, Foto: Reprodução

Em todo país, estados e municípios começam a traçar planos para a retomada presencial dos estudos em meio a dúvidas crescentes sobre quais medidas devem ser adotadas para garantir a segurança de alunos, professores e funcionários das escolas. Parte desses questionamentos foi debatida nos últimos meses pelo Sesc, que mantém 213 unidades escolares e atende cerca de 70 mil estudantes em todo o país. A discussão deu origem a um protocolo amplo, que aponta número máximo de pessoas por metro quadrado nas salas, indica os procedimentos em caso de registros de sintomas em estudantes e profissionais, sugere metodologias de avaliação, entre outras orientações.

O documento elaborado pelo Sesc serve de guia para todas as escolas que integram o sistema educacional da Instituição e, também, pode ser acessado por administradores públicos e privados que estão elaborando seus próprios protocolos .

"O protocolo que elaboramos teve que ser detalhado e amplo o suficiente para atender as condições das unidades que temos do Oiapoque ao Chuí. Convivendo com realidades tão diferentes, acreditamos que é uma referência nacional que pode servir de base para administrações públicas e demais estabelecimentos escolares", comenta a gerente de Educação do Sesc, Cynthia Rodrigues.

O documento do Sesc prevê que os cuidados com a saúde devem balizar todas as atividades curriculares, o rearranjo dos espaços físicos e as avaliações pedagógicas das escolas. O planejamento das ações só deve prosseguir se o formato definido for o mais adequado para reduzir os riscos de contágio. E deve sempre observar as observações de pais e alunos.

Para a organização do novo espaço, o protocolo recomenda desmontar o layout atual das salas de aula, alocando o mobiliário que não poderá ser utilizado em outro lugar e abrindo espaço para a circulação e o distanciamento seguros entre os alunos.

Com o intuito de garantir o cumprimento das medidas sanitárias devidas, será necessário atender à proporção de número de estudantes por metro quadrado do espaço. As salas de aula devem ser organizadas respeitando a disposição de no máximo quatro estudantes a cada 10 metros. Dessa forma, uma sala de aproximadamente 40 m² deve acomodar até 16 pessoas, incluindo o professor.

Essas recomendações de distanciamento levam em conta os estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Para a Educação Infantil, há critérios específicos, também abordados pelo protocolo desenvolvido pelo Sesc.

Para vencer esse obstáculo de salas com menos alunos, é oportuno planejar a ocupação dos diferentes espaços livres da escola, explorando áreas com contato com a natureza e liberdade para movimentos amplos. O protocolo recomenda que diariamente deve-se prever momentos de uso dos locais externos por todas as turmas da escola.

O documento elaborado pelo Sesc trata ainda das questões pedagógicas, sugerindo uma avaliação diagnóstica e como deve se dar a conclusão do ano letivo. Nas unidades da Instituição, a orientação é adequar os tempos ao ritmo de cada estudante, evitando a reprovação e garantindo a todos o direito de aprendizagem. Para isso, é sugerida a reorganização do currículo em ciclos de progressão continuada, que permite o alcance dos objetivos curriculares.

Para concluir a carga horária prevista, o Sesc recomenda a manutenção das aulas remotas com o rodízio das aulas presenciais e a inclusão das horas de estudo remoto para concluir as metas estabelecidas.

Em caso de contaminação

O protocolo aponta ainda os procedimentos que devem ser adotados caso alunos, professores ou funcionários sintam sintomas relacionados com o novo coronavírus, um risco que deve ser considerado e informado à comunidade escolar para que todos compreendam a reação adequada nesses episódios.

Caso o estudante ou profissional apresente sintomas durante o horário de funcionamento da escola, deve ser encaminhado a um espaço previamente reservado para acolhê-lo, enquanto são tomadas as providências cabíveis. Se isso ocorrer durante a aula, a orientação é que a família tenha ciência de que deverá retirar o aluno da escola com urgência e encaminhá-lo ao sistema de saúde para os primeiros cuidados.