Economia
Com a saída da Odebrecht da petroquímica, Braskem dispara na Bolsa de Valores
Na tarde de hoje, os papéis da Braskem avançavam 4,45% e eram negociadas por R$ 24,43
A notícia que a Odebrecht vai vender toda a sua participação na petroquímica, fez a Braskem (BRKM5) viver um dia de forte alta na Bolsa. A companhia detém 50,1% das ações ordinárias, o que lhe garante o controle, e 38,3% do capital total.
Conforme um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de sexta (7), a Odebrecht já iniciou o processo de venda das ações da Braskem. A companhia informou que tomará as providências necessárias para organizar um processo dessa natureza, com o apoio de assessores legais e financeiros.
Os investidores não são os únicos que gostaram da notícia; os analistas também. Luis Sales, da Guide Investimentos, considera a operação positiva para a Braskem. Outro fator positivo, segundo ele, é a disposição de migrar a companhia para o Novo Mercado, segmento de maior governança corporativa da B3. “Isto contribuiria para que a empresa se valorizasse, além de que facilitaria a saída da estatal [Petrobras]”, afirma o analista. “Ainda, existe a expectativa de que a companhia se transforme em corporação ‘pura’ [isto é, sem um controlador], a partir da venda de suas duas maiores acionistas em bolsa”, conclui.
Afundamento de solo
Em Alagoas, a empresa enfrenta um grave problema decorrente do afundamento de solo em quatro bairros em Maceió, fenômeno causado pela atividade mineradora. São cerca de 40 anos de extração de sal-gema provocando crateras nas ruas e rachaduras em milhares de imóveis na capital alagoana.
Os processos de pagamentos de indenizações já foram iniciados por parte da Braskem, após acordo assinado com proprietários e órgãos como o Ministério Público e a Defensoria Pública.