Economia

Pix: Banco central lança novo sistema de pagamento digital

Sistema Pix começa a funcionar em novembro, com a proposta de facilitar transações bancárias

Por Lucas Lima com InfoMoney 07/10/2020 14h02
Pix: Banco central lança novo sistema de pagamento digital
Pagamentos serão facilitados através da ferramenta digital | Foto: Reprodução

O Pix é um novo sistema de pagamentos que foi apresentado pelo Banco Central em fevereiro de 2020, como uma forma gratuita de fazer transferências entre pessoas e empresas. A ferramenta deve substituir os tradicionais TED, DOC e boletos bancários e funcionará em qualquer dia e horário da semana.

O sistema Pix começa a funcionar em novembro de 2020, com a proposta de facilitar transferências, pagamento de contas e até recolhimento de impostos e taxas de serviços.

Esses pagamentos serão efetivados em até dez segundos, a qualquer dia e horário da semana (mesmo às 21h de um domingo, por exemplo). Diferente dos meios tradicionais como TED, DOC e boleto, quais têm restrições de valor, custo e em alguns casos, demoram vários dias para serem efetivados.

Para pessoas físicas, o Pix será gratuito — seja para transferir para outra pessoa, receber, pagar um café na padaria ou um imposto, no caso de instituições governamentais.

O Pix tem sete características principais:

Disponibilidade: possibilidade de fazer pagamentos a qualquer horário e dia do ano;

Velocidade: a transferência ocorre em até dez segundos;

Conveniência: a experiência de uso deve ser intuitiva para o usuário;

Segurança: as transações serão baseadas na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) e terão como base tecnologias de proteção atuais;

Ambiente aberto: o Pix estará disponível não só para bancos como também para financeiras, fintechs e afins;

Multiplicidade de casos de uso: o Pix permitirá transferências de qualquer valor entre pessoas ou empresas, pagamentos em estabelecimentos físicos ou virtuais e recolhimentos ao governo federal (impostos);

O Pix poderá ser usado para pagamentos em estabelecimentos físicos, em lojas online ou para transferências entre pessoas, empresas ou instituições do governo. Para quem recebe, será preciso informar uma das chaves cadastradas ou mostrar um QR Code; já quem paga, basta acessar o aplicativo do banco para fazer o pagamento.

Real digital

Segundo especialistas o início do cadastramento de pessoas no Pix, foi um primeiro passo para a substituição da moeda em espécie pelo real digital. Na avaliação deles, o Brasil precisa acompanhar a “tendência mundial” de lançamento de CBDCs — moedas digitais nacionais emitidas por bancos centrais.

A ideia está na pauta do Banco Central brasileiro, segundo Roberto Campos Neto, presidente da instituição, já em 2022, o real digital estará em circulação, coexistindo com as versões em notas e moedas. A declaração de Campos Neto, no mês passado, foi seguida pela de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE).

Ela disse que virá a público, em breve, a decisão sobre a adoção ou não de uma versão digital do Euro. “Como muitos outros bancos centrais em todo o mundo, estamos explorando os benefícios, riscos e desafios operacionais de fazê-lo”, afirmou. O Banco Central da China já faz testes de uma versão digital de sua moeda em algumas regiões do país, e outras autoridades monetárias pelo mundo também caminham no mesmo sentido.